Covid-19: Opositor venezuelano Juan Guaidó anuncia que está infetado

O líder opositor venezuelano Juan Guaidó anunciou que está infetado com covid-19 e a cumprir quarentena, insistindo ser urgente a imunização total da população.

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© YURI CORTEZ/AFP via Getty Images

Lusa
28/03/2021 06:29 ‧ 28/03/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

"Quero informar responsavelmente o país que, após quatro dias de quarentena, como resultado de algum mal-estar e apesar de ter tomado precauções, recebi um teste positivo para a covid-19", anunciou, no sábado, na conta da rede social Twitter.

Juan Guaidó indicou que "o pico de contágios" está a aumentar no país, onde se regista "a maior taxa de médicos falecidos" na América do Sul.

"Isso podia ter sido evitado, e deve deter-se, com a implementação de um programa de vacinação sério e responsável", sublinhou.

Guaidó destacou ser "urgente que as vacinas contra a covid-19 entrem na Venezuela" e reiterou que continua a desenvolver esforços "para que isso aconteça".

O líder opositor acrescentou que vai manter os venezuelanos informados sobre o processo de recuperação.

"Sei que juntos superaremos a pandemia e a emergência", concluiu.

Na sexta-feira, a oposição venezuelana advertiu que vai recorrer para o Tribunal Penal Internacional (TPI) se o Governo impedir a entrada no país de 12 milhões de vacinas da AstraZeneca pedidas ao mecanismo Covax.

O acordo com o Fundo de Acesso Global para Vacinas Covid-19 (Covax) "vai permitir salvar muitas vidas (...) negar a imunização da população venezuelana ao vírus é uma causa adicional para que o regime seja julgado no TPI", afirmou o opositor e deputado William Barrientos, numa conferência de imprensa virtual.

A oposição venezuelana reiterou que a vacina da AstraZeneca não representa um risco para a população, depois de, em 16 de março, a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, anunciou que a vacina da AstraZeneca não vai ser autorizada, devido aos efeitos secundários ocorridos nos pacientes.

Em 22 de março, o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, decretou duas semanas de "quarentena radical", até depois da Páscoa, para tentar travar a propagação local da variante do novo coronavírus detetada no Brasil.

A Venezuela contabilizou 1.543 mortes e 154.905 casos da covid-19, desde o início da deteção da doença no país, em março de 2020.

Em 02 de março, o país recebeu meio milhão de doses de vacinas da farmacêutica estatal chinesa Sinopharm, depois de ter recebido, em fevereiro, as primeiras 100 mil doses da vacina russa.

De acordo com a Academia de Medicina da Venezuela, o país necessita de 30 milhões de vacinas para 15 milhões de pessoas, 3,5 milhões das quais pessoal prioritário.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.768.431 mortos no mundo, resultantes de mais de 126 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.827 pessoas dos 820.042 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Leia Também: Facebook bloqueia conta do presidente venezuelano Nicolas Maduro

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