Na sua primeira entrevista desde que foi confirmada pelo Senado, Tai disse ao The Wall Street Journal que eliminar rapidamente essas medidas poderia prejudicar a economia, a menos que a mudança se faça de forma a permitir às empresas planear e fazer ajustamentos.
A responsável norte-americana apontou ainda razões táticas, alegando que "nenhum negociador abre mão das vantagens" tendo em vista possíveis negociações.
Em dezembro passado, antes de assumir o cargo de Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden tinha afirmado que não iria retirar no imediato as taxas alfandegárias impostas à China pelo seu antecessor, Donald Trump, mas depois da sua chegada à Casa Branca não voltou abordar o assunto em profundidade.
Durante a administração Trump, os Estados Unidos impuseram tarifas a produtos chineses no valor de 370 mil milhões de dólares anuais (cerca de 313 mil milhões de euros), tendo Pequim respondido com a adoção de medidas contra as exportações dos Estados Unidos.
As taxas alfandegárias continuam em vigor apesar de as duas partes terem chegado a acordo para pôr fim à guerra comercial e Washington vê essas medidas como uma garantia de que Pequim cumpre os compromissos assumidos, o que até agora não fez totalmente.
Na entrevista, Tai manifestou-se disposta a negociar com a China, mas não deu detalhes sobre possíveis contactos, adiantando que serão dados "no momento oportuno".
A nomeação de Tai foi aprovada este mês no Senado por unanimidade, algo pouco habitual dada a atual polarização política em Washington.
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