Todos os profissionais de saúde em Itália têm de ser vacinados contra a Covid-19, anunciou, esta quarta-feira, o governo italiano, citado pelo Reuters.
A medida tem como objetivo proteger os doentes mais vulneráveis e combater movimentos 'anti-vacina'.
Nos últimos tempos, estes movimentos têm crescido no país, sendo que, recentemente, foram identificados grupos de trabalhadores em hospitais que se recusaram a levar a vacina contra a Covid-19, num momento em que mais de 109 mil pessoas em Itália já morreram devido à doença.
O decreto-lei aprovado hoje esclarece que ficam obrigados à vacinação contra o novo vírus profissionais de saúde e também farmacêuticos. O incumprimento desta medida pode levar à suspensão do trabalhador sem direito a vencimento durante o resto do ano.
A par de outros países na União Europeia, a campanha de vacinação contra a Covid-19 em Itália não tem cumprido os objetivos traçados, devido aos atrasos nas entregas das empresas responsáveis pela produção das vacinas. Ainda assim, o país espera agora conseguir atingir 500 mil inoculações por dia em abril, sendo que, neste momento, a média é de 230 mil.
No total, desde dezembro do ano passado, já foram administradas cerca de 10 milhões de doses e 3.1 milhões de pessoas já receberam ambas as doses da vacina contra a Covid-19.
Itália contabilizou nas últimas 24 horas mais 467 mortes associadas à Covid-19, numa descida em relação à véspera (529), e mais 23.904 novos casos de infeção por novo coronavírus, também numa subida em relação a terça-feira (16.017).
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