Argentina contabilizou um feminicídio a cada 35 horas no 1.º trimestre

Um total de 62 mulheres foram assassinadas na Argentina durante os primeiros três meses de 2021, o que equivale a um feminicídio cometido a cada 35 horas, de acordo com dados hoje conhecidos e referidos pela agência Efe.

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© Twitter/ José Iniesta

Lusa
01/04/2021 06:47 ‧ 01/04/2021 por Lusa

Mundo

Argentina

 

De acordo com a organização Mulheres da Mátria Latinoamericana (Mumalá), foram também contabilizadas "89 tentativas de feminicídios e 65 meninos e meninas adolescentes ficaram órfãos e sem mãe por causa destes crimes", disse Silvia Ferreyra, coordenadora da organização.

Na última atualização do seu registo nacional, a organização feminista contabilizou um total de 94 mortes violentas de mulheres, travestis e trans no primeiro trimestre do ano, o que equivale a uma morte violenta a cada 23 horas.

Desse número total, 62 são feminicídios, sejam vinculados (com ligação à vítima) ou a trans/travesti, ao passo que outras 14 mortes correspondem a casos que ainda estão a ser investigados pela justiça.

Também se produziram 12 assassínios machistas vinculados a atividades delituosas, como o narcotráfico, vinganças, dívidas, roubos, e ainda seis suicídios feminicidas.

A maioria (51) dos feminicídios do primeiro trimestre na Argentina foram assassínios diretos, e 10 foram indiretos (meninos ou meninas relacionados com a mulher que sofreu violência machista) e ainda um assassínio de uma pessoa trans/travesti.

Cerca de 63% dos feminicídios foram cometidos pelos parceiros ou ex-parceiros das vítimas, e em apenas 3% se desconhece a ligação entre o agressor e a mulher assassinada.

De acordo com os dados, 71% dos crimes foram cometidos na habitação da vítima, e apenas 25% das mulheres vítimas de feminicídios tinha denunciado previamente o seu agressor.

 

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