A polícia norte-americana já identificou o autor do ataque desta sexta-feira, ao Capitólio. Recorde-se que um carro tentou furar a barreira de segurança colocada perto da entrada norte do Capitólio. Um polícia e o autor do ataque morreram.
Segundo o The New York Times, o suspeito é Noah R. Green, de 25 anos, identificado por dois agentes da lei e por um funcionário do Congresso. Era natural do Indiana e morreu na sequência do ataque que protagonizou.
Noah Green foi baleado pelos seguranças do espaço e acabou por morrer. Segundo avançaram esta madrugada os meios de comunicação norte-americanos, o jovem não era conhecido da polícia de Washington DC, mas tinha já registos criminais noutro estado do país.
Um perfil de Facebook do homem, que a polícia já confirmou pertencer ao suspeito, e que foi entretanto eliminado, mostrava que Noah era fã de Louis Farrakhan, líder da Nação do Islão, conhecido por promover repetidamente o anti-semitismo. A Nação do Islão é um movimento nacionalista negro que tem defendido a auto-suficiência afro-americana.
Numa série de publicações feitas pelo jovem antes do ataque, este fala no consumo de drogas e no facto de se encontrar numa "jornada religiosa".
"Eu estava num bom caminho e tudo o que eu tinha planeado estava a tornar-se realidade. Exigia longas horas, muito estudo e exercício para me manter equilibrado enquanto experimentava uma série de sintomas preocupantes ao longo do caminho (creio que eram efeitos secundários de drogas que estava a ingerir sem saber). No entanto, o caminho foi alterado, pois Alá (Deus) escolheu-me para outras coisas", escreveu numa mensagem partilhada no dia 17 de março.
O suspeito partilhou ainda as dificuldades pelas quais passava, referindo que a pandemia tinha piorado a sua situação e referindo que estava "atualmente desempregado" e que "passava por um dos testes mais difíceis" da sua vida.
Noah Green nasceu na Virgínia, frequentou o liceu local e matriculou-se no Glenville State College onde praticou futebol antes de se transferir para a Universidade Christopher Newport. Aqui destacou-se como Defesa da equipa de futebol da instituição e concluiu a sua licenciatura em Finanças.
Em dezembro de 2020, pediu para mudar o seu nome para Noah Zaeem Muhammad, mas isso não chegou a acontecer dado que não compareceu à audiência agendada para o efeito em Indianápolis, na passada terça-feira.
O ataque ao Capitólio
Menos de três meses depois de o Capitólio ter sido invadido por uma multidão de apoiantes de Donald Trump, o complexo de Capitol Hill, em Washington, o centro da democracia americana, voltou a ser palco de um ataque.
Cenário do ataque junto ao Capitólio© Reuters
Esta sexta-feira, um carro tentou furar a barreira de segurança colocada perto da entrada norte do Capitólio. Feriu dois polícias. Sabe-se que um deles foi esfaqueado quando o suspeito saiu da viatura. O suspeito foi posteriormente baleado.
Os dois polícias e o agressor foram transportados para o hospital. Um dos polícias não resistiu aos ferimentos e morreu. Foi identificado como William Evans, e era agente da polícia do Capitólio há 18 anos. As autoridades também informaram que o suspeito morreu no hospital.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já reagiu e disse ter ficado "devastado" após o ataque. "Sabemos como são tempos difíceis para o Capitólio, para todos aqueles que lá trabalham e para aqueles que o protegem", lamentou Joe Biden.
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