De acordo com os cálculos de Pedro Sánchez revelados hoje em conferência de imprensa, cinco milhões de pessoas vão estar vacinados contra a covid-19 até 03 de maio, 10 milhões na primeira semana de junho e 15 milhões até ao dia 14 desse mês, para atingir 25 milhões de pessoas imunizadas até 19 de julho.
Espanha tem uma população total de cerca de 47 milhões de pessoas e durante o segundo trimestre do ano espera receber 38 milhões de doses da Pfizer, AstraZeneca, Moderna e Janssen, o que é 3,5 vezes mais do que as doses entregues pelas empresas farmacêuticas até março.
Mais, a vacina Curevac deverá ser aprovada em breve, o que, adicionada às anteriores, vai aumentar o número de doses no terceiro trimestre para 48 milhões, tendo o país contratos para receber 87 milhões de doses entre abril e setembro.
Segundo o primeiro-ministro espanhol, se houve atrasos e a União Europeia (UE) mantém agora um ritmo de vacinação mais lento que outros países é por uma única razão que "tem nome e apelido: há uma empresa que não cumpriu os seus compromissos, e que é a AstraZeneca", acusou.
Pedro Sánchez defendeu o sistema centralizado de compras utilizado pela UE no qual a Espanha participou e que permitiu o acesso a uma vasta gama de medicamentos, enquanto outros países optaram por apenas um.
"É importante estar ciente de que, apesar do facto de a AstraZeneca não ter atingido a sua taxa de entregas, a Espanha não se tem sentido tão desfavorecida como outros países, porque tem uma carteira mais rica [diversificadas]", disse o chefe do executivo espanhol.
Sánchez vez um apelo no sentido de se "unir forças", aproveitando o facto de que a Espanha ter capacidade para administrar mais de 3,5 milhões de doses por semana "para vacinar e vacinar e vacinar sem descanso".
"Estamos no início do fim", disse o chefe do Governo, que valorizou os esforços de todos os governos regionais do país para implementar o plano de vacinação, o que colocou a Espanha entre os países da UE "com melhor desempenho".
De acordo com Pedro Sánchez, a campanha de vacinação de massas é "o caminho mais curto" e "mais eficaz" para reativar" economicamente o país.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.862.002 mortos no mundo, resultantes de mais de 131,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.887 pessoas dos 824.368 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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