O Brasil é o país sul-americano mais impactado pela pandemia, com um balanço de 336.947 óbitos e mais de 13,1 milhões de casos de novo coronavírus desde o início da crise pandémica. Bateu inclusivamente mais um recorde esta terça-feira ao registar mais de 4 mil casos diários em 24 horas. O mundo está atento e os Estados Unidos não são exceção.
Anthony Fauci, o principal especialista em doenças infeciosas dos Estados Unidos, deu uma entrevista à BBC Brasil, onde comentou a situação do país. Entre alguns dos pontos altos da conversa surge o reconhecimento do médico de que o Brasil precisa "de considerar seriamente" o confinamento para conter o avanço da doença.
"Não há dúvida de que medidas severas de saúde pública, incluindo confinamentos, têm-se mostrado muito bem-sucedidas em diminuir a expansão dos casos. Então, essa é uma das coisas em que o Brasil deveria pensar e considerar seriamente dado o período tão difícil que está a passar", argumentou.
No entanto, ainda esta semana, o ministro da Saúde brasileiro descartou a medida referindo que "a ordem é evitar lockdown [confinamento]".
Outra das medidas que aconselha o especialista norte-americano é acelerar a vacinação e, a título de exemplo, referiu que: "negar a gravidade do surto nunca ajuda. Na verdade, muitas vezes piora a situação", aludindo às mortes por Covid-19 nos Estados Unidos.
"Para controlar uma epidemia, é preciso admitir que há um problema sério. Depois de admitir que há um problema, pode começar-se a fazer as coisas para o resolver", afirmou Fauci.
Se quiser ler a entrevista na íntegra pode fazê-lo através deste link.
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