Vacina da AstraZeneca é "parte importante" da campanha europeia

A Comissão Europeia disse hoje aos Estados-membros que a vacina da AstraZeneca é, apesar dos riscos, uma "parte importante" do portefólio de fármacos da União Europeia (UE) contra a covid-19, apelando a coordenação sobre o seu uso.

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Lusa
07/04/2021 19:17 ‧ 07/04/2021 por Lusa

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UE/Presidência

 

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"A vacina da AstraZeneca é uma parte importante do nosso portfólio de vacinas e é uma parte significativa das campanhas nacionais de vacinação e dos nossos esforços para fazer face ao impacto da covid-19", declarou a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides.

Intervindo na Conselho informal de saúde de hoje, convocado de emergência pela presidência portuguesa da UE, a responsável indicou que "é essencial que haja uma abordagem europeia coordenada", isto apesar de as "decisões sobre as campanhas nacionais de vacinação e sobre quem vacina com que vacina" caberem aos países.

Stella Kyriakides pediu, assim, "uma abordagem que não confunda os cidadãos e que não alimente a hesitação vacinal porque se baseia na ciência", classificando tal tomada de posição entre os 27 como "fundamental para que se possa falar a uma só voz em toda a UE".

"A segurança sempre foi inegociável e um requisito fundamental para que qualquer vacina chegasse aos mercados da UE e, por este motivo, estou grata à ministra Marta Temido pela iniciativa de nos reunir hoje", adiantou a comissária europeia da tutela.

A presidência portuguesa do Conselho da UE promove hoje uma reunião de emergência, por videoconferência, dos ministros europeus da tutela, que se realiza depois do anúncio público das conclusões do relatório do Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância da Agência Europeia do Medicamento (EMA) sobre a segurança da vacina AstraZeneca.

A agência europeia divulgou que existe uma "possível relação" entre a vacina contra a covid-19 da farmacêutica AstraZeneca e a formação de "casos muito raros" de coágulos sanguíneos, mas insistiu nos benefícios do fármaco face aos riscos de efeitos secundários.

Para Stella Kyriakides, "a experiência da AstraZeneca mostra que o sistema de farmacovigilância funciona", já que "as suspeitas de efeitos secundários são comunicadas rapidamente, a informação é partilhada e os peritos reúnem-se rapidamente para avaliar o caminho a seguir".

Por isso, apelou a que as decisões dos Estados-membros, apesar de natureza política, sejam "baseadas na ciência e numa avaliação científica rigorosa dos riscos e benefícios".

Stella Kyriakides afirmou ainda aos países da UE que "o mundo está atento" à campanha de vacinação comunitária.

"E devemos ter em mente que AstraZeneca é a principal vacina a ser exportada para países de baixo e médio rendimento" pela UE, adiantou.

Dados divulgados pela responsável na ocasião revelam que, até esta manhã, 15,4% dos adultos europeus receberam uma primeira dose da vacina contra a covid-19, havendo 6,4% foram totalmente vacinados.

Ao todo, mais de 108 milhões de doses foram entregues à UE, num ritmo médio de mais de um milhão de vacinações que ocorrem todos os dias (dadas as mais de 11 milhões de doses foram administradas na última semana).

Atualmente, estão aprovadas quatro vacinas na UE pela EMA: Pfizer/BioNTech (Comirnaty), Moderna, Vaxzevria (novo nome da vacina da AstraZeneca) e Janssen (grupo Johnson & Johnson, que estará em distribuição em meados deste mês de abril).

Leia Também: Bélgica reserva vacinação com AstraZeneca para maiores de 55 anos

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