Merkel pede à Rússia que reduza presença militar na fronteira com Ucrânia
A chanceler alemã, Angela Merkel, pediu hoje à Rússia para reduzir a sua presença militar na região da fronteira com a Ucrânia, durante uma conversa telefónica com o Presidente russo, Vladimir Putin, avançou o Governo alemão.
© Reuters
Mundo Diplomacia
Os dois dirigentes falaram do "fortalecimento da presença militar russa no leste da Ucrânia", tendo "a chanceler pedido que esse reforço seja reduzido para diminuir a escalada" do conflito, adianta o executivo da Alemanha em comunicado.
Por seu lado, o Kremlin afirmou, em comunicado, que Putin e Merkel "estão preocupados com o aumento das tensões" no conflito do leste da Ucrânia, tendo o Presidente russo sublinhado a Angela Merkel a responsabilidade de Kiev neste conflito, denunciando "provocações que visam, em última instância, agravar voluntariamente a situação na linha de contacto".
Na versão de Kiev, Moscovo e os separatistas pró-russos são os responsáveis pelos conflitos e tensões crescentes.
De acordo com o Kremlin, durante a conversa telefónica com Merkel, Putin também referiu a necessidade urgente de a Ucrânia cumprir os acordos, particularmente no que diz respeito ao "diálogo direto" com as chamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e ao processo de aprovação de uma lei sobre o estatuto especial destes territórios separatistas.
Os dois dirigentes apelaram "à contenção e ao retomar do processo de negociações", já que as conversações de paz entre a Ucrânia e a Rússia, com mediação franco-alemã, encontram-se num impasse, acrescentou Moscovo.
O último encontro aconteceu em dezembro de 2019 e, desde então, não houve nenhum progresso político concreto nem está planeada mais nenhuma reunião.
A conversa entre Putin e Merkel aconteceu numa altura em que Kiev e os seus aliados ocidentais acusam Moscovo de aumentar o número de militares presentes na fronteira e os separatistas pró-Rússia de causar incidentes armados mortais quase todos os dias.
Os dois líderes discutiram outros assuntos, como o destino do líder da oposição russa, Alexeï Navalny, o conflito na Síria e a situação na Líbia.
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