Em comunicado, o Gabinete dos Negócios Estrangeiros das Filipinas expressou o seu descontentamento com a "presença persistente" de navios chineses em torno do recife de Whitsun, que as Filipinas consideram uma milícia marítima, embora a China defenda tratar-se de navios de pesca.
"Reiteramos a firme exigência das Filipinas de que a China garanta a saída imediata de todos os seus navios da área em torno do recife Julián Felipe (como é designado o recife Whitsun nas Filipinas) e de outras áreas marítimas filipinas", lê-se no comunicado.
As Filipinas destacaram que "ambas as partes concordam em reduzir as tensões e tratar o assunto diplomaticamente", segundo um porta-voz do Governo filipino, citado pela imprensa local.
A mesma fonte insistiu que deve haver uma retirada de todos os navios da Zona Económica Exclusiva das Filipinas - a 200 milhas marítimas da sua costa - algo que ainda não aconteceu.
As Filipinas insistem que os navios - em março eram mais de 200 - são "uma fonte de tensão regional" e apresentou vários protestos diplomáticos, nas últimas semanas, contra a presença dos navios chineses
Pequim, que reivindica a quase totalidade do mar do Sul da China, garante que se tratam de barcos de pesca que estacionaram ali devido ao mar agitado.
Filipinas, Vietname, Malásia, Taiwan e Brunei reivindicam também partes do mar do Sul da China, por onde circula 30% do comércio global e que abriga 12% das reservas pesqueiras mundiais, além de campos de petróleo e gás.
As Filipinas são o único país que possui uma decisão que apoia as suas reivindicações, uma vez que o Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia atribuiu a propriedade de vários territórios, incluindo o Atol de Scarborough e parte do arquipélago das Spratly, onde a China construiu bases militares em ilhas artificiais edificadas sobre atóis e recifes, para assumir o controlo de facto.
Pequim nunca reconheceu a decisão e continua com as suas atividades dentro da zona económica exclusiva das Filipinas e do resto dos países vizinhos.
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