Blinken reuniu-se com o Presidente afegão, Ashraf Ghani, com o chefe de Governo, Abdullah Abdullah, e outras figuras relevantes, um dia depois de Biden ter anunciado a saída de todos os soldados norte-americanos do Afeganistão até 11 de setembro, 20.º aniversário dos ataques terroristas de 2001 nos Estados Unidos que provocaram a intervenção militar dos EUA, adiando uma decisão que tinha sido assumida para maio, num acordo feito com as forças rebeldes talibãs.
A viagem de Blinken acontece igualmente depois de a NATO ter informado que também iria retirar os cerca de 7.000 militares estacionados no Afeganistão, dentro de alguns meses, terminando assim a presença militar estrangeira no país.
Blinken procurou tranquilizar as autoridades afegãs, relativamente à saída das forças norte-americanas, que garantiam a segurança na região.
"Com a minha visita, quero demonstrar o compromisso dos Estados Unidos com a República Islâmica e com o povo afegão", disse Blinken no encontro com Ghani, no palácio presidencial em Cabul.
"A parceria está a mudar. Mas a parceria, em si, é duradoura", assegurou o chefe da diplomacia norte-americana.
Na quarta-feira, Joe Biden tinha deixado idêntica mensagem de conforto ao Governo de Cabul, quando anunciou publicamente a retirada das forças militares dos EUA.
"Continuaremos a apoiar o Governo afegão (...), mas não continuaremos envolvidos militarmente no Afeganistão", assegurou o Presidente norte-americano.
O Presidente afegão repetiu hoje a Blinken a mensagem com a qual reagiu na quarta-feira ao anúncio de Joe Biden, mostrando compreensão pela decisão dos Estados Unidos.
"Respeitamos a decisão e estamos a ajustar as nossas prioridades", disse Ghani a Blinken, expressando gratidão pelos sacrifícios das tropas norte-americanas.
Mais tarde, numa reunião com Abdullah, Blinken repetiu a mensagem, referindo-se a "um novo capítulo, mas um novo capítulo para escrever juntos".
"Estamos gratos ao vosso povo, ao vosso país, ao vosso Governo", respondeu o chefe de Governo do Afeganistão.
Blinken chegou à capital afegã vindo de Bruxelas, onde, ao lado do secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, informou os parceiros da NATO sobre a retirada de tropas do Afeganistão.
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