"Discuti em detalhe os nossos atuais esforços para acabar com a guerra no Iémen e em todos os casos encontrei, no mínimo, um consenso no apoio e, com frequência, um papel ativo no apoio aos pontos sobre os quais procuramos um acordo entre as partes", disse Griffiths perante os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O emissário da ONU agradeceu em particular a Omã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos e elogiou "a grande ajuda" dada pelo enviado dos Estados Unidos para o Iémen, Tim Lenderking, para "construir pontes" entre os diferentes grupos do país, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
Griffiths, que há um mês alertava para a "dramática deterioração" da situação de guerra, mostrou-se hoje muito mais otimista, sublinhando que "a unidade do Conselho de Segurança foi fortalecida pela unanimidade diplomática e pelas ações específicas de alguns dos seus principais membros".
"Há razões para a esperança: a forma de acabar com a guerra é conhecida e os seus principais elementos são discutidos frequentemente com as partes. Estas discussões reconhecem que abordar a situação humanitária é urgente (...) e a necessidade de construir a confiança e de manter contactos entre as partes, para que não regressem à guerra", disse.
A guerra no Iémen começou em meados de 2014 depois dos rebeldes xiitas Huthis, apoiados pelo Irão, terem pegado em armas contra o governo reconhecido internacionalmente do Presidente Abd Rabbo Mansur Hadi e tomado a capital, Sanaa.
O conflito agravou-se em 2015 quando se iniciou a intervenção militar da coligação árabe, liderada pela Arábia Saudita, em apoio de Hadi.
Os seis anos de guerra causaram cerca de 130.000 mortos, segundo a organização Projeto de Localização de Conflitos Armados e Dados de Casos, e milhares de deslocados, além da maior crise humanitária do mundo, de acordo com a ONU.
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