Trabalhadores da saúde protestam na Venezuela por falta de vacinas
Cerca de 150 pessoas, a maior parte profissionais de saúde, manifestaram-se no sábado em Caracas a pedir vacinas contra a Covid-19, numa altura em que a Venezuela está a sofrer uma segunda vaga do novo coronavírus.
© Leonardo Fernandez Viloria/Reuters
Mundo Covid-19
"Basta de mortes" ou "SOS de vacinas já" eram frases que se podiam ler nos cartazes dos manifestantes, que tiveram o apoio da oposição venezuelana.
"A Venezuela enfrenta uma pandemia, um inimigo invisível, e exige que salvemos vidas, exige vacinas", disse aos jornalistas o líder da oposição Juan Guaido, usando uma máscara que tinha escrito "Vacinas já".
Juan Guaido é considerado o Presidente interino da Venezuela por parte da comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, que procura tirar do poder o Presidente Nicolas Maduro.
A Venezuela lançou no final de fevereiro uma campanha de vacinação contra a covid-19 usando as vacinas russas Spoutnik V e as chinesas Sinopharm, mas recebeu menos de um milhão de doses.
O Presidente Nicolas Maduro tinha anunciado que os profissionais de saúde seriam os primeiros beneficiários das vacinas, mas o colégio de médicos denunciou atrasos.
Uma organização não-governamental diz que mais de 480 trabalhadores da saúde morreram desde o início da pandemia.
O país, de 30 milhões de habitantes, registou oficialmente mais de 180.000 casos e quase 1.900 mortes, desde o início da pandemia, mas a oposição considera os números "totalmente falsos". Os hospitais estão sobrecarregados.
O Governo disse que já tinha pago mais de metade do necessário para adquirir 11,3 milhões de vacinas através do mecanismo COVAX, gerido pela Organização Mundial de Saúde, mas nenhuma vacina chegou ainda.
A Venezuela, prometeu na semana passada o Presidente Nicolas Maduro, irá produzir uma vacina cubana, fazendo até dois milhões de doses por mês a partir de agosto.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.000.955 mortos no mundo, resultantes de mais de 139,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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