O chefe de Estado chinês vai fazer um "discurso importante" via videoconferência, a partir de Pequim, revelou o ministério, poucos dias depois de os dois países se comprometerem a "cooperar" na questão das alterações climáticas.
Joe Biden convidou cerca de 40 líderes mundiais para uma cimeira internacional sobre o clima, que se vai realizar por videoconferência, entre quinta e sexta-feira.
China e Estados Unidos são os dois maiores emissores de gases de efeito estufa, a fonte do aquecimento global. O acordo entre os dois países é, portanto, considerado crucial para o sucesso dos esforços internacionais na redução das emissões.
No entanto, a relação entre as duas potências deteriorou-se nos últimos anos, marcada por uma prolongada guerra comercial e diferendos sobre questões como Hong Kong, Taiwan, abusos dos Direitos Humanos ou a soberania do mar do Sul da China.
Os dois países comprometeram-se no sábado a "cooperar" na questão do clima, após uma visita a Xangai do enviado dos EUA para o clima, John Kerry, que se encontrou com o seu homólogo chinês, Xie Zhenhua.
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump retirou o seu país do acordo de Paris para o clima. Após assumir o poder, em janeiro, Joe Biden retrocedeu nessa decisão.
Grande consumidor de carvão, a China é, em termos absolutos, o maior emissor mundial de gases de efeito estufa, mas também o país que mais investe em energias renováveis.
"Não podemos resolver esta crise climática sem a China na mesa de negociações", disse Kerry, na semana passada, durante a sua viagem a Xangai.
Pequim prometeu começar a reduzir as suas emissões de CO2 "antes de 2030" e alcançar a "neutralidade nas emissões de carbono" até 2060, ou seja, absorver tanto quanto emite.
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