O Brasil "está a trabalhar para um acesso equitativo de todos os países às vacinas", disse o secretário brasileiro de Negociações Bilaterais no Oriente Médio, Europa e África, Kenneth Félix Haczynski da Nóbrega, na sua intervenção virtual.
O secretário representou, na Cimeira em Andorra, o Governo de Jair Bolsonaro, que assumiu o poder em janeiro de 2019. Na reunião anterior, em novembro de 2018, na Guatemala, o Brasil foi representado pelo então Presidente Michel Temer.
Na sua exposição, Nóbrega falou sobre a necessidade de reforçar a "diplomacia da saúde" para favorecer o acesso às vacinas contra a covid-19 aos países menos desenvolvidos, trabalho em que o Brasil pode somar os seus esforços.
A partir de meados deste ano, o Brasil será autossuficiente na vacina contra a covid-19, disse o diplomata, o que "abre a perspetiva de uma maior contribuição brasileira para o fornecimento de vacinas num futuro não distante".
Nóbrega recordou que o Brasil está na "fase mais difícil" do combate à pandemia do novo coronavírus, que já fez 378 mil mortes e 14 milhões de infetados, e lembrou que para lutar contra esse mal "não há atalhos" fora da ciência.
O diplomata aproveitou para agradecer a Espanha o recente anúncio da doação de equipamentos e medicamentos de intubação para hospitais brasileiros e destacou as vantagens do programa nacional de imunização, responsável pela atual vacinação contra a doença no país sul-americano.
Nóbrega esclareceu, no início da sua apresentação, que a participação de seu país na Cimeira "não implica o reconhecimento do regime ilegítimo de Nicolás Maduro" na Venezuela, posição que vem mantendo o Governo de Jair Bolsonaro, líder de extrema-direita.
Já numa reunião ministerial ibero-americana realizada em 01 de dezembro de 2020, o então ministro das Relações Exteriores brasileiro, Ernesto Araújo, protestou contra a presença de diplomatas do "regime ditatorial" da Venezuela junto a "representantes de nações livres".
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