Polícias riram-se após partir braço a idosa com demência durante detenção
Idosa de 73 anos, com demência, pesa menos de 40 quilos e sofreu várias lesões, numa detenção por causa de um alegado roubo. Agentes envolvidos e a cidade de Loveland, no Colorado, são alvo de processo.
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Mundo Violência policial
Um vídeo divulgado na segunda-feira mostra que os três agentes da polícia de Colorado, nos Estados Unidos, que partiram o braço a uma idosa de 73 anos com demência, durante uma detenção violenta, riram ao rever as imagens na esquadra, noticia o Denver Post.
Os três agentes da Divisão de Polícia de Loveland podem ser vistos no vídeo, que dura mais de uma hora, a rever as imagens das câmaras corporais, na esquadra, enquanto se riem e congratulam pela detenção.
A detenção, sublinhe-se, ocorreu a 26 de junho de 2020, depois da idosa ter, alegadamente, roubado produtos no valor de 13 dólares (cerca de 10 euros) de uma loja local. O vídeo da detenção, que foi entretanto divulgado e que originou uma investigação aos agentes, mostra um polícia a empurrar Karen Garner para o chão e a algemá-la. A idosa aparenta estar confusa e ouve-se dizer: "Eu vou para casa".
Karen Garner, que sofre de demência e pesa menos de 40 quilos, ficou com várias lesões na sequência da detenção, conforme já havia noticiado o Guardian: uma fratura no braço, o pulso distendido e o ombro deslocado.
Nas imagens que divulgamos abaixo, reveladas esta segunda-feira, os agentes Daria Jalali, Tyler Blackett e Austin Hopp, que foi quem algemou a idosa, podem ser ouvidos a rir da detenção e a apelidar Garner de "senil" e "velha". Hopp diz, inclusive, que estava "contente" por poder ter usado uma espécie de faixa de contenção de movimentos (fita que se ata as mãos e os pés do suspeito atrás das costas) pela primeira vez.
"Queres ouvir o estalido ["pop"]? Aí vem o estalido", diz Hopp, indicando que os agentes sabiam que tinham causado fraturas à idosa e que esta precisava de atendimento médico, algo que fizeram apenas horas depois da detenção.
Karen Garner apresentou um processo contra a cidade e contra os três agentes há duas semanas. Foi incluída uma queixa complementar com os nomes de mais agentes que viram o sucedido e não acionaram profissionais de saúde.
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