Covid-19. Índia com mais de 386 mil casos, num novo máximo diário

A Índia registou mais de 386 mil casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, um novo máximo mundial de contágios, além de 3.498 mortos, anunciaram hoje as autoridades indianas.

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Lusa
30/04/2021 06:09 ‧ 30/04/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

O país de 1,3 mil milhões de habitantes está a braços com um surto devastador, com novos máximos diários de infetados e mortos há vários dias.

Nas últimas 24 horas, as autoridades sanitárias diagnosticaram 386.452 novos casos, ultrapassando pela primeira vez as 380 mil infeções diárias.

A explosão do número de casos, atribuída a uma variante do vírus detetada na Índia, a comícios eleitorais e religiosos em grande escala, sobrecarregou os hospitais, onde faltam camas, medicamentos e oxigénio.

Na terça-feira, o professor de Física e Biologia Gautam Menon, especialista em modelos de previsão da pandemia, disse à Lusa que a Índia só deverá atingir o pico da segunda vaga "em meados de maio".

"A maioria dos modelos sugere que os casos vão continuar a aumentar e que o pico será provavelmente em meados de maio", antecipou o professor da Universidade Ashoka, na cidade de Sonipat, a 40 quilómetros de Nova Deli, prevendo que o número de casos "deva chegar aos 400 a 500 mil" por dia.

Desde o início da pandemia, a Índia acumulou 208.330 óbitos e mais de 18,7 milhões de infeções, sendo o segundo país do mundo com mais casos, atrás dos Estados Unidos, e o quarto com mais óbitos, depois dos EUA, do Brasil e do México.

Com uma população de 1,3 mil milhões de habitantes, o país administrou até agora cerca de 152 milhões de vacinas contra a Covid-19.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.152.646 mortos no mundo, resultantes de mais de 149,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.974 pessoas dos 836.033 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Leia Também: Indianos desesperados com devastadora segunda vaga da pandemia

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