Para além de expressar "as suas mais profundas condolências aos familiares e amigos das vítimas e ao povo de Israel", a UE manifestou "o seu desejo de que os feridos recuperem rapidamente", numa declaração do principal porta-voz do Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE), Peter Stano.
Pelo menos 44 pessoas morreram durante uma peregrinação judaica no norte de Israel, em resultado de uma debandada em massa, de acordo com as organizações de socorro locais e fontes hospitalares.
A debandada, que também causou cerca de 150 feridos, ocorreu enquanto judeus ultraortodoxos celebravam o tradicional feriado de Lag Baomer com canções, danças e fogueiras no Monte Meron, na Galileia, num dos acidentes mais trágicos da história recente de Israel.
As circunstâncias exatas que levaram ao acidente não são para já conhecidas. Um socorrista no local, Yehuda Gottleib, da organização United Hatzalah, disse que viu homens "a serem esmagados" e "a perder a consciência", de acordo com a organização.
Numa mensagem em hebreu na rede social Twitter, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, lamentou o "enorme desastre no Monte Meron", apelando às pessoas para "rezarem para salvar os feridos".
Dezenas de milhares de pessoas participavam na noite de quinta-feira para hoje nesta peregrinação anual, em redor do presumível mausoléu do rabino Shimon Bar Yochai, um talmudista do século II da era cristã, ao qual é atribuída a redação do Zohar, obra central do misticismo judaico.
As autoridades permitiram a presença de dez mil pessoas no recinto do túmulo, mas, segundo os organizadores, mais de 650 autocarros foram fretados em todo o país. A imprensa deu conta de 100 mil pessoas no local.
Em 2019, antes da pandemia que levou ao cancelamento do evento em 2020, 250 mil pessoas participaram na peregrinação, de acordo com os organizadores.
No final de março, Israel reabriu bares e restaurantes e autorizou ajuntamentos públicos, após ter vacinado 80% da população com mais de 20 anos contra a covid-19.
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