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Eis a primeira casa impressa em 3D legalmente habitável da Europa
Foi construída em Eindhoven, nos Países Baixos, e tem uma renda de 800 euros por mês.
© Getty Images
Mundo 3D
Um casal de holandeses reformados vão tornar-se os inquilinos de uma casa totalmente impressa em 3D, num empreendimento que abre portas a novas escolhas e formatos de habitação. Esta casa é a estreante no seu género e a primeira a ser legalmente habitável na Europa.
Elize Lutz, de 70 anos, e Harrie Dekkers, de 67, antigos lojistas em Amesterdão, já receberam a sua chave digital - uma aplicação que lhes permitiu abrir a porta e aceder ao seu novo abrigo, com o apertar de um botão, na quinta-feira.
Vão pagar 800 euros por mês para morar na propriedade durante seis meses a partir do dia 1 de agosto, depois de se terem candidatado a um anúncio na Internet.
Inspirada no formato de uma rocha, cujas dimensões seriam difíceis e caras de construir recorrendo a métodos tradicionais, a propriedade é a primeira de cinco casas planeadas pela construtora Saint-Gobain Weber Beamix para um terreno perto do canal Beatrix, no subúrbio de Eindhoven, em Bosrijk, conta o Guardian.
A habitação conta com 94 metros quadrado de área habitável e devia ter sido posta no mercado em 2019, mas os desafios do projeto do arquiteto causaram alguns atrasos.
O método de impressão 3D envolve um enorme braço robótico com uma ponta que larga cimento feito com uma fórmula própria, que terá uma textura tipo chantilly. O cimento é impresso de acordo com o projeto de um arquiteto, adicionando camada sobre camada para criar uma parede e aumentar a sua resistência.
A casa foi 'construída' com 24 elementos de cimento que foram impressos camada por camada numa fábrica em Eindhoven, antes de serem transportados por camião para o local e postos sobre as fundações, para serem trabalhados pela construtora holandesa Van Wijnen. Foram posteriormente instalados o telhado e os caixilhos das janelas.
Este método de impressão 3D é visto por muitos na indústria da construção como uma forma de cortar custos e evitar danos ambientais, ao permitir reduzir a quantidade de cimento que é usado. Nos países Baixos é sobretudo importante, pois também oferece uma alternativa num momento em que há escassez de pedreiros qualificados.
Nos últimos anos já há registo de propriedades parcialmente construídas com impressoras 3D em França e nos Estados Unidos, bem como outros tantos projetos no resto do mundo. Mas os investidores da empresa responsável por este projeto acabaram por 'ganhar' a corrida ao conseguir construir a primeira casa legalmente habitável e pronta para ser arrendada comercialmente.
Veja na galeria acima algumas imagens desta nova casa.
Leia Também: Estas casas são impressas em 3D e são para os sem-abrigo dos EUA
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