Brasil agradece apoio e solidariedade de Espanha durante a pandemia
O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Carlos França, agradeceu hoje à sua homóloga espanhola, Arancha González Laya, a "solidariedade" e o "apoio" recebido do Governo espanhol no combate à pandemia do novo coronavírus.
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Mundo Brasil
França recebeu em Brasília González Laya, a primeira autoridade estrangeira que visita o país desde que assumiu o cargo, há apenas um mês, e as suas primeiras palavras foram de "agradecimento" pela "expressiva doação de material médico para intubação" recebida da Espanha há duas semanas e avaliada em quase 500.000 euros.
O Brasil é um dos países mais afetados pela pandemia no mundo, tendo ultrapassado as 415 mil mortes e os 15 milhões de casos e, no mês passado, os hospitais estiveram à beira do colapso e em muitos deles faltaram material médico e medicamentos para intubação.
Além de agradecer o apoio face a esta situação, Carlos França comprometeu-se com González Laya em promover uma maior cooperação bilateral na área da saúde e a colaborar na procura por vacinas "seguras, acessíveis e eficazes".
O ministro também agradeceu o apoio da Espanha às intenções do Brasil de se tornar membro pleno da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e destacou as intensas relações bilaterais no âmbito dos negócios e investimentos.
O governante citou que a Espanha continua a ser o segundo investidor estrangeiro no Brasil, com capitais em torno dos 80 mil milhões de dólares (65,8 mil milhões de euros) e que figura na oitava posição nas listas dos principais destinos das exportações brasileiras.
Segundo França, essa relação comercial e económica "intensa" pode ter novos horizontes, principalmente através de várias concessões e leilões que o Brasil está a preparar na área de infraestrutura e nos quais espera ter "uma forte participação" espanhola.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.258.595 mortos no mundo, resultantes de mais de 155,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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