A 5 de Maio, "as Forças Armadas nacionais lançaram uma operação em grande escala nas regiões do norte e do Sahel para desalojar os grupos terroristas armados que aí operam", informou o exército numa declaração, acrescentando que esta operação também visa "tranquilizar a população".
A operação, denominada Houné -- "Dignidade" em fulani -, ainda em curso, "mobiliza unidades convencionais e especiais do exército, da força aérea e da guarda nacional.
A operação vai "durar mais de um mês", já "neutralizou mais de 20 terroristas" e destruiu "quatro bases ou posições de grupos armados", indicou uma fonte anónima na área da segurança do país, em declarações à AFP.
As Forças Armadas terão recuperado equipamento de comunicações, armas, munições e veículos, segundo a mesma fonte.
Não obstante o anúncio de numerosas operações deste tipo, as forças de segurança do Burkina Faso estão longe de conseguir deter a espiral de violência 'jihadista', que se expande por toda a região do Sahel, com particular incidência nos países-membros do G5 Sahel - Burkina Faso, Chade, Mali, Mauritânia e Níger.
No último sábado, três civis foram mortos em Tin-Akoff, no norte do Burkina Faso, onde, no mesmo dia, um dispositivo explosivo improvisado explodiu enquanto uma unidade do destacamento militar de Mansila levava a cabo uma missão de escolta. Três soldados foram feridos.
Há mais de cinco anos que o Burkina Faso enfrenta ataques cada vez mais frequentes e violentos, atribuídos a grupos 'jihadistas', que incluem o Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM) e o Estado Islâmico no Grande Saara (EIGS).
Inicialmente concentrados no norte do país, estes grupos visaram posteriormente a capital, Ouagadougou, e outras regiões do país, nomeadamente o leste do Burkina Faso. Cerca de 1.300 pessoas foram mortas desde 2015 e mais de um milhão foram forçadas a abandonar as suas casas.