Segundo testemunhas, Gómez Agudelo, que apresentava o programa "La comunidad por la comunidad" ("A Comunidade pela Comunidade"), no qual abria os microfones para ouvir as reivindicações das pessoas, foi baleado no centro de Armenia, capital do departamento de Quindío, quando se dirigia para a estação de rádio Rumba del Café.
"O jornalista de Quindío, Óscar Gómez Agudelo, acaba de ser assassinado quando entrava na estação de rádio Rumba del Café", disse um radialista em direto aos ouvintes que seguiam a emissão, lamentando que, na Colômbia, "tirem a vida às pessoas por falarem, por falarem em público".
"Rejeito o assassínio de Óscar Gómez Agudelo na Armenia, esta manhã. Qualquer ato de violência deve ser categoricamente rejeitado. Ninguém na Colômbia deve ser assassinado", escreveu o ministro do Interior colombiano, Juan Fernando Cristo, numa mensagem publicada na rede social X.
Desconhecem-se os motivos do assassínio e se o respetivo autor dos disparos foi detido.
O jornalista era também representante na Câmara dos Deputados do partido de direita Cambio Radical, que condenou o sucedido, afirmando tratar-se de um "ataque que procura silenciar e intimidar as vozes nos territórios".
"Exigimos que o governo nacional pare a onda de violência que o país está a atravessar", afirmou a força política, acrescentando: "Tiraram-nos um grande líder político".
Por seu lado, o Movimento de Salvação Nacional (MSN) recordou que Gómez Agudelo era também candidato a presidente da Câmara da Armenia e condenou "o vil assassínio".
Na 80.ª Assembleia da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), realizada em outubro passado em Córdoba (Argentina), a organização considerou preocupantes as ameaças de grupos armados contra jornalistas na Colômbia.
Na ocasião, recordou que, em abril passado, em Cúcuta, na fronteira com a Venezuela, foi assassinado o jornalista Jaime Vásquez, que investigava e divulgava nas redes sociais casos de corrupção em contratos e concursos públicos.
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