"A UE está a fazer uma reflexão sobre a relação que tem com a China", disse Vincenzo Amendola, secretário de Estado do Governo do primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, em entrevista à Bloomberg Television.
O responsável considerou "positiva" a mudança de postura de Bruxelas, uma vez que vai divergir "do passado", em que as relações entre a UE e a China estavam "todas baseadas em exportações e comércio".
Mario Draghi foi uma das principais figuras dentro dos Estados-membros da União Europeia a apoiar o endurecimento da relação entre Bruxelas e Pequim, em consonância com a posição da administração dos Estados Unidos da América (EUA), liderada pelo democrata Joe Biden.
A bloco europeu 'congelou' a ratificação de um acordo de investimentos com a China, depois da imposição de sanções a oficiais por causa de alegados abusos dos direitos humanos.
Amendola explicitou, durante a entrevista, que a UE quer garantias de reciprocidade por parte da China, desde questões legais a regras de competição e até apoio estatal a empresas privadas, o que "infelizmente" não aconteceu no passado.
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