Além de um total de 83 mortos, incluindo 17 crianças, 487 pessoas ficaram feridas, indicou o Hamas, após uma nova noite de ataques aéreos de Israel no enclave e de disparo de 'rockets' a partir de Gaza em direção ao território israelita.
Esta foi a terceira noite de hostilidades entre Israel e grupos armados palestinianos em Gaza e o conflito prossegue hoje.
As salvas de 'rockets' contra território israelita levaram ao desvio de todos os voos em direção ao aeroporto internacional Ben Gurion de Telavive.
Os Estados Unidos anunciaram o envio de um emissário a Israel e aos territórios palestinianos para exortar, uma vez mais, à paragem da violência, enquanto Moscovo apelou a uma reunião de urgência do Quarteto para o Médio Oriente (União Europeia, EUA, ONU e Rússia).
A luta entre Israel e o Hamas iniciou-se na segunda-feira após semanas de tensões israelo-palestinianas em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do islão junto ao local mais sagrado do judaísmo, nesta zona da cidade ilegalmente ocupada e anexada pelo Estado hebreu, de acordo com a lei internacional.
Desde segunda-feira, o exército israelita indicou ter realizado 600 bombardeamentos na Faixa de Gaza, território exíguo sob bloqueio israelita há mais de uma década e onde vivem cerca de dois milhões de palestinianos.
As milícias do Hamas e da Jihad Islâmica dispararam cerca de 1.600 'rockets' contra território israelita, que mataram sete pessoas, incluindo uma criança e um soldado, e deixaram feridas centenas.
Interrogado sobre a eventualidade de uma invasão terrestre, o porta-voz do exército, Jonathan Conricus, disse a jornalistas que há unidades "prontas", mencionado "preparativos para operações terrestres em diferentes etapas".
Israel tem sido confrontado com uma outra "frente" com tumultos em cidades judaico-árabes, levando o ministro da Defesa, Benny Gantz, a ordenar hoje o reforço "de forma massiva" das forças de segurança naquelas localidades.
"Estamos numa situação de emergência (...) e agora é necessário reforçar de forma massiva as forças no terreno", declarou num comunicado, anunciando o destacamento de 10 companhias de guardas fronteiriços, que normalmente operam na Cisjordânia ocupada.
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