"O inimigo israelita não para de confirmar a sua brutalidade. Hoje cometeu um novo crime contra manifestantes desarmados no sul do Líbano, e o mártir Mohamed Tahan caiu vítima das balas do ataque e outros ficaram feridos", disse o gabinete do primeiro-ministro libanês, Hasan Diab, num comunicado.
"Esta agressão é considerada uma violação flagrante da Resolução 1701 e apelamos à comunidade internacional para que condene os crimes de Israel no sul do Líbano e em Gaza, que resiste à agressão com força e determinação para derrotar a ocupação", concluiu o comunicado.
As Nações Unidas já anunciaram que lançaram uma investigação para esclarecer a morte desse manifestante, que atravessava a fronteira do Líbano para Israel para se juntar às manifestações de apoio à causa palestiniana e protestar contra os ataques israelitas no conflito que já dura desde segunda-feira.
"Estamos cientes de relatos de que um civil libanês foi morto hoje ao longo da Linha Azul, perto de Kafer Kila, durante um confronto com o exército israelita", disse a assessoria de imprensa da Unifil, a Força da ONU no Líbano, num comunicado, acrescentando que foi iniciada "imediatamente uma investigação para determinar os factos e as circunstâncias" do ataque.
O chefe da missão e comandante da Unifil, o general italiano Stefano Del Col, "está em contacto direto com as partes para evitar uma escalada", explica o comunicado sobre este caso que marca um novo episódio de tensão entre o Líbano e Israel, dois países vizinhos e inimigos.
O Presidente libanês, Michel Aoun, também "condenou fortemente" este ataque que descreveu como um "crime", de acordo com uma declaração do seu gabinete de imprensa.
O exército israelita confirmou num comunicado que os tanques das suas unidades "dispararam tiros de alerta contra vários sabotadores que passavam do Líbano para o território de Israel", acrescentando que essas pessoas "sabotaram a cerca e incendiaram a área antes de regressar ao território libanês", mas não reconheceu ter atingido qualquer pessoa.
O exército libanês estabeleceu postos de controlo na aldeia de Kafrkila - onde a travessia ocorreu e que é dominada pela milícia xiita libanesa Hezbollah - para evitar que mais jovens avancem em direção à cerca da fronteira.
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