Netanyahu ameaça campanha "com força total" e prolongada contra o Hamas

O primeiro-ministro israelita assegurou hoje que a campanha militar contra o Hamas na Faixa de Gaza, que já matou dezenas de civis, vai continuar "com força total" e que demorará tempo a terminar.

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© Reuters

Lusa
16/05/2021 16:44 ‧ 16/05/2021 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

Numa declaração na televisão israelita, Benjamin Netanyahu afirmou que Israel quer que o Hamas "pague um preço elevado" e argumentou que o objetivo é "devolver paz, segurança e dissuasão" após quase uma semana de combates.

Os bombardeamentos na madrugada de hoje arrasaram três edifícios e fizeram pelo menos 42 mortos, no ataque mais mortífero desde o início da campanha contra o Hamas, na segunda-feira passada.

Em cinco minutos, foram destruídos três edifícios localizados numa rua central de uma zona residencial. O ministério da Saúde de Gaza afirmou que 16 mulheres e 10 crianças estão entre as vítimas mortais.

No sábado, as forças armadas israelitas afirmaram ter destruído a casa do chefe do Hamas, Yahiyeh Sinwar, num ataque dirigido à cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza.

Entre os alvos destruídos por Israel estão alguns dos maiores edifícios residenciais e de escritórios de Gaza, que os militares alegam que alojavam infraestruturas militares do Hamas.

Um dos edifícios destruídos acolhia as delegações da agência de notícias Associated Press e da cadeia de televisão árabe Al-Jazeera, entre outros órgãos de comunicação social.

A escalada de violência foi desencadeada na parte oriental de Jerusalém no mês passado, quando manifestantes palestinianos se envolveram em confrontos com a polícia por causa de táticas policias empregues durante o mês do Ramadão.

O centro dos confrontos foi a mesquita de Al-Aqsa, um ponto sensível localizado num local de Jerusalém que é sagrado para muçulmanos e judeus.

Na segunda-feira, o Hamas disparou 'rockets' sobre território israelita, desencadeando a resposta militar sobre o território onde vivem mais de dois milhões de palestinianos, alvo de um bloqueio desde que o movimento islamita conquistou o poder.

Leia Também: ONU alerta para crise "descontrolada" e "chocante" no Médio Oriente

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