A exposição sobre o projeto em curso vai ser apresentada pela Organização das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês), pelo governo do Iraque e pelo ministério da Cultura e Juventude dos Emirados Árabes Unidos.
O projeto intitulado "Reviver o Espírito de Mossul" pretende restaurar os marcos multiculturais e "o modo de vida da histórica cidade iraquiana", lê-se no comunicado da UNESCO.
A mais recente edição da Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza vai estar aberta ao público de 22 de maio a 21 de novembro.
O projeto mostra, cronologicamente, a história mais recente da cidade e as projeções para o futuro, "em quatro salas dedicadas aos temas da destruição, liberdade, ação e futuro", explica a UNESCO, no comunicado.
A UNESCO vai auxiliar, nomeadamente, com a reconstrução do complexo da Mesquita Al-Nouri, cujo projeto vencedor do concurso de arquitetura foi anunciado a 15 de abril no Museu Nacional de Bagdade, no Iraque.
"Ao longo de milhares de anos, Mossul foi uma encruzilhada comercial, intelectual e cultural. O seu próprio nome, que em árabe significa ligação, junção, conector, contém a ideia de diálogo e diversidade", lembrou a UNESCO.
A organização internacional recordou ainda que quando Mossul foi ocupada por extremistas, em julho de 2014, cerca de 80% da paisagem urbana foi destruída, a música foi proibida e as livrarias e bibliotecas foram encerradas.
Edifícios históricos como a Mesquita Al-Nouri, o Minarete Al-Hadba e as igrejas de Al-Tahera e Al-Saa'a foram danificados.
"Reviver o Espírito de Mossul" foi lançado, em fevereiro de 2018, por Audrey Azoulay e o projeto, financiado pelos Emirados Árabes Unidos, terá o custo de 50 milhões de dólares.
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