As informações da organização não-governamental que atua na vigilância da Amazónia há mais de 10 anos são balizadas em alertas emitidos pelo Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD), que monitoriza a região usando satélites.
Segundo o Imazon, o número também representa um aumento de 45% face a abril de 2020, quando alertas de desflorestação ocorrem em 536 quilómetros quadrados.
As imagens de satélite mostraram que em abril 68% da desflorestação na Amazónia brasileira ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse e o restante foi registado em assentamentos (19%), unidades de conservação (11%) e terras indígenas (2%).
No 'ranking' dos estados brasileiros que mais destroem a floresta amazónica estão o Amazonas, que lidera a lista com a maior percentagem (28%), seguido pelo Pará (26%), Mato Grosso (22%), Rondônia (16%), Roraima (5%), Maranhão (2%) e o Acre (1%).
O sistema de acompanhamento da floresta desenvolvido pelo Imazon é uma ferramenta que utiliza imagens de satélites assim como outros sistemas que vigiam a Amazónia brasileira.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão ligado ao Governo brasileiro e que divulga as estatísticas oficiais sobre o tema, também faz este tipo de levantamento através de um sistema chamado Deter.
A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta, com cerca de 5,5 milhões de quilómetros quadrados e inclui territórios do Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (pertencente à França).
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