Gaza deixou de fazer testes à Covid-19 após ataque a clínica

O único laboratório covid-19 da Faixa de Gaza deixou hoje de conseguir assegurar a realização de testes, após um ataque israelita que atingiu a clínica onde se situava, disseram as autoridades locais.

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© Getty Images

Lusa
18/05/2021 00:02 ‧ 18/05/2021 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

A clínica al-Rimal, localizada no centro da cidade epónima de Gaza, foi parcialmente destruída pelo fogo militar israelita, que também devastou as instalações do Ministério da Saúde e os escritórios do Crescente Vermelho do Qatar, disseram as autoridades.

O bombardeamento israelita "ameaça minar os esforços do Ministério da Saúde para lidar com o surto de covid-19", porque "interrompeu, nomeadamente, os testes no laboratório central", disse Ashraf al-Qodra, porta-voz do Ministério da Saúde local, através de uma declaração.

"O único laboratório de testes covid-19 em Gaza já não está operacional desde o bombardeamento da clínica al-Rimal", escreveu na rede social Twitter a Organização de Libertação da Palestina (OLP), um agrupamento de fações palestinianas que exclui o Hamas no poder em Gaza.

De acordo com o Ministério da Saúde, os ataques em curso não permitem às suas equipas dar seguimento às pessoas infetadas pelo novo coronavírus, nem continuar a campanha de vacinação.

Antes da escalada militar entre o Hamas e Israel, as autoridades de Gaza estavam a realizar uma média de cerca de 1.600 testes por dia, com uma das mais altas taxas de positividade do mundo (28%), e as unidades de tratamento hospitalar estavam sobrecarregadas com o número de pacientes.

Um enclave de dois milhões de pessoas sob bloqueio israelita, a Faixa de Gaza recebeu até agora 122.000 doses de vacinas, a maioria das quais ainda não tinha sido administrada, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo a OMS, 103.000 pessoas foram diagnosticadas com covid-19 na Faixa de Gaza, incluindo quase 9.000 casos no início dos confrontos entre o Hamas e Israel. No total, a pandemia já matou mais de 930 pessoas em Gaza, de acordo com números oficiais.

A nova ronda de violência entre o Hamas e Israel, iniciada a 10 de maio, causou a morte de pelo menos 200 palestinianos em Gaza, incluindo pelo menos 59 crianças, de acordo com números palestinianos.

Do lado israelita, 10 pessoas foram mortas, incluindo uma criança, no fogo de foguetes palestinianos.

Leia Também: Joe Biden comunica a Netanyahu que apoia cessar-fogo em Gaza

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