Cerca de 47 mil palestinianos procuram refúgio em escolas da ONU

A ONU diz que cerca de 47.000 palestinianos procuraram abrigo em escolas devido aos ataques israelitas, e saúda a abertura do posto de passagem de Querem Shalom, para permitir a entrada de ajuda humanitária.

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Lusa
18/05/2021 13:15 ‧ 18/05/2021 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O porta-voz do gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Jens Laerke, disse hoje que o conflito israelo-palestiniano já provocou quase 60.000 deslocados, dos quais cerca de 47.000 se recolheram em 58 escolas da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (UNRWA) em Gaza.

Durante um 'briefing' em Genebra, Laerke e a porta-voz da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Harris, alertaram para os problemas de sobrelotação nessas escolas, assim como para as dificuldades de abastecimento de energia na Faixa de Gaza, onde apenas há seis a oito horas de eletricidade por dia.

Estas questões estão a dificultar a ajuda humanitária na região afetada pelo conflito que já dura há mais de uma semana e matou mais de 200 palestinianos, nos ataques aéreos das forças israelitas.

Por isso, a ONU saudou a abertura do posto de passagem de Kerem Shalom, que permitirá a entrada de ajuda humanitária em Gaza.

"Saudamos a abertura, pelas autoridades israelitas, da passagem de Kerem Shalom, para ajuda humanitária essencial após nove dias de crise", disse Laerke.

"É essencial que a passagem de Erez também fique aberta à entrada e saída de pessoal humanitário", acrescentou o porta-voz da agência das Nações Unidas, acrescentando que "o acesso humanitário de e para Gaza (...) deve ser sustentável".

Os confrontos entre as milícias palestinianas de Gaza e Israel prolongam-se há nove dias, sem que se verifiquem progressos no sentido de uma trégua.

A guerra já provocou a morte a 212 pessoas na Faixa de Gaza e dez mortos em território israelita.

A tensão escalou no passado dia 10 de maio com o lançamento de 'rockets' das milícias palestinianas contra território de Israel que responde com ataques aéreos de grande intensidade.

Leia Também: Portugal quer "que Israel pare" e se criem "condições de convivência"

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