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Putin e Xi Jinping inauguram quatro reatores nucleares na China

O Presidente chinês, Xi Jinping, e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, inauguraram hoje, virtualmente, um projeto de quatro unidades de geração de energia nuclear com tecnologia russa em solo chinês.

Putin e Xi Jinping inauguram quatro reatores nucleares na China
Notícias ao Minuto

13:00 - 19/05/21 por Lusa

Mundo China

O plano - que faz parte de um pacote de acordos firmados durante a visita do líder russo à China em 2018 - prevê a construção de duas unidades na central nuclear de Tianwan, na província chinesa de Jiangsu (leste), e duas unidades na central de Xudapu, em Liaoning (nordeste).

Num breve discurso em vídeo, que foi transmitido pela televisão estatal chinesa, CGTN, o Presidente Xi disse que se trata de um projeto "seguro", que representa "o alto nível de cooperação pragmática alcançado entre os dois países".

Na sua intervenção, também por vídeo, Putin disse que, graças ao plano, "a China poderá utilizar energia mais limpa a um preço mais baixo" e que as relações bilaterais estão "num pico histórico".

De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, o projeto demonstra "as conquistas de Pequim e Moscovo na fabricação de equipamentos e inovação tecnológica", acrescentando que este plano irá ajudar o país a reduzir as suas emissões de dióxido de carbono.

De acordo com o jornal Global Times, as quatro unidades têm um valor de contrato de 20 mil milhões de yuans (cerca de 2.5 milhões de euros), embora o custo total do projeto possa ultrapassar 100 mil milhões de yuans (cerca de 13 milhões de euros).

"Uma das características distintivas da tecnologia nuclear de terceira geração é que ela é segura. Não haverá acidentes como os de Chernobyl e Fukushima", disse o especialista Han Xiaoping, em declarações ao jornal chinês Global Times.

Em abril, o número de centrais nucleares ativas na China chegou a 49, ocupando o terceiro lugar mundialmente, de acordo com a Administração Nacional de Energia do país.

Outros especialistas chineses citados pelo jornal acrescentam que "a China poderá vir a substituir parte da tecnologia norte-americana por tecnologia russa, perante as crescentes restrições tecnológicas e comerciais de Washington".

A inauguração de hoje ocorre pouco antes das conversações de alto nível que serão realizadas na Islândia pelo secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, que servirão para preparar uma cimeira entre os presidentes de ambos os países.

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