"Esta crise sublinha a importância de responder rápida e eficazmente a emergências de saúde pública", afirmou perante a Assembleia Mundial da Saúde por videoconferência a ministra da Saúde portuguesa, Marta Temido, a representar os países-membros por Portugal deter a presidência rotativa do Conselho da União Europeia.
Marta Temido sublinhou que o acesso equitativo às vacinas, terapias e meios de diagnóstico para a covid-19 "como um bem comum global" só se conseguirá com "maior solidariedade e transparência".
Os países da União colocaram "mais de 40,5 mil milhões de euros" no mecanismo de partilha internacional de vacinas Covax.
"Somos, de longe, o maior contribuinte para o mecanismo Covax, incluindo partilha de doses [de vacinas] e apoiámos a distribuição de vacinas em países com necessidades humanitárias críticas e sistemas de saúde frágeis", declarou Marta Temido.
Os países europeus, garantiu, continuam a defender o aumento "da capacidade de produção de produtos de saúde proporcionando um ambiente adequado" para isso, assente em "regulação, apoio à transferência de tecnologia e conhecimento, instalações regionais de fabrico e investigação".
"Esta pandemia tem que mudar tudo. Somos chamados a começar de novo na prevenção sanitária global", com "um possível instrumento internacional para evitar que uma crise destas volte a acontecer no futuro", defendeu.
A União Europeia apresentou à reunião dos estados-membros da Organização Mundial de Saúde, que começou hoje, uma resolução em que o defende e propõe a aplicação dos Regulamentos Internacionais de Saúde e a criação de um mecanismo universal de avaliação da preparação e saúde.
A ministra apontou ainda "o impacto da pandemia em doenças não comunicáveis, incluindo o cancro, bem como doenças mentais, outras doenças infecciosas, resistência antimicrobiana e em muitos programas de saúde, incluindo vacinação, que compromete os avanços conseguidos na última década".
Além dos estados-membros, Marta Temido falou ainda em nome dos estados candidatos Macedónia do Norte, Montenegro e Albânia, Bósnia e Herzegovina, e da Ucrânia, Moldávia e Geórgia, que apoiam a posição da União Europeia.
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