A queda de um teleférico em Stresa, Itália, causou a morte a 14 pessoas, incluindo cinco membros da mesma família, no passado domingo. O único sobrevivente da tragédia é Eitan Biran, um menino de cinco anos que ainda permanece internado, mas que tem vindo a recuperar. Os médicos revelaram hoje que a criança não está intubada e já "abriu os olhos".
Giovanni La Valle, diretor geral da unidade hospitalar de Turim, onde Eitan se encontra, disse, esta quarta-feira, que "por um momento, o pequeno recuperou a consciência", cita a Rai. O menor está acompanhado por uma tia, Aya, irmã do pai que morreu na tragédia.
Além do progenitor, também a mãe, os avós e o irmão de dois anos de Eitan morreram na queda do teleférico. Já o sobrevivente "respira de forma autónoma auxiliado por uma máscara de oxigénio".
Giorgio Ivani, diretor do departamento de reanimação, acrescentou, também citado pelo canal, que esta se trata de "uma fase muito delicada" para o menino porque "há uma recuperação gradual da consciência". "Vai demorar um pouco, mas ele já abriu os olhos e encontrou uma cara familiar", frisou.
Funivia Stresa-Mottarone, "Eitan ha ripreso conoscenza per un momento". Giovanni La Valle (direttore generale della Citta' della Salute, a Torino): "E' stato estubato". #ANSAhttps://t.co/XOvY3xVf6B
— Agenzia ANSA (@Agenzia_Ansa) May 26, 2021
A criança chegou ao hospital, em Turim, pouco depois das 14 horas de domingo, vinte minutos antes de Mattia Zorloni, da mesma idade, que acabaria por morrer. "Deixem-me em paz, estou com medo", gritava Eitan, nascido em Israel, mas que vive em Itália. Sofreu fraturas nas pernas e um traumatismo tóraco-abdominal.
De recordar que a polícia italiana deteve, esta terça-feira, três pessoas no âmbito das investigações que decorrem. A polícia terá concluído que o travão de emergência do teleférico estaria desativado propositadamente e que os responsáveis pelo aparelho teriam desativado esta função, uma vez que este apresentava algumas anomalias e o travão em causa poderia, eventualmente, causar bloqueios.
A cabina onde seguiam os passageiros e que estava a uma distância de cinco metros da estação de chegada acabou por deslizar, a uma velocidade de 100 quilómetros por hora, e depois foi projetada 54 metros indo embater contra o solo onde capotou durante mais de uma dezena de metros.
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