A decisão foi tomada numa reunião, na sexta-feira, do politburo do partido no poder, onde Kim afirmou ser necessário debater os esforços para a recuperação económica, de acordo com a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA.
Kim salientou que o país continuava a enfrentar desafios trazidos por "condições e ambiente subjetivos e objetivos desfavoráveis", sem qualquer referência aos Estados Unidos ou à Coreia do Sul.
A economia da Coreia do Norte deteriorou-se ainda mais devido ao encerramento das fronteiras por causa da pandemia da covid-19, o que reduziu significativamente o comércio com a China, o maior aliado de Pyongyang.
A KCNA indicou que o líder norte-coreano manifestou apreço pela forma acelerada de muitos trabalhos, graças ao "entusiasmo ideológico e espírito de luta de autoconfiança" demonstrado pelo partido e pelo povo.
Esta foi a primeira vez que o líder da Coreia do Norte surgiu em público desde 06 de maio, altura em que realizou uma sessão fotográfica com famílias de soldados norte-coreanos.
Até agora, a Coreia do Norte tem ignorado os apelos dos aliados para retomar as negociações sobre o programa nuclear, depois do fracasso da segunda cimeira entre Kim e o ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, em fevereiro de 2019.
Na altura, Washington rejeitou as exigências de Pyongyang de levantamento das sanções em troca de um acordo de redução da capacidade nuclear.
Em discursos recentes, Kim prometeu reforçar o programa de armas nucleares, ao mesmo tempo que sublinhou depender do fim das "políticas hostis" dos Estados Unidos o futuro das relações bilaterais.
Durante um raro congresso do partido em janeiro, Kim tinha pedido à população para ser resiliente na luta pela autossuficiência económica e defendeu um maior controlo do Estado sobre a economia, com reforço da produção agrícola e desenvolvimento das indústrias química e metalúrgica.
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