"Gostaria de reiterar aqui o meu apelo à rendição de todos os nossos compatriotas que permanecem nestes grupos armados", disse Jean-Michel Sama Lukonde Kyenge, numa conferência de imprensa em Goma.
"Queremos pôr fim aos grupos armados que aterrorizam a população. Registámos a rendição de milicianos desde o estabelecimento do estado de sítio" em Ituri, em 06 de maio, afirmou Kyenge, acrescentando que o seu Governo vai aplicar uma política "para integrar aqueles que optaram por entregar as suas armas".
Anunciados regularmente durante anos, estes planos de DDR (desmobilização, desarmamento e reintegração) falharam no passado, principalmente devido à falta de fundos.
A Assembleia Nacional votou na quinta-feira a prorrogação do estado de sítio por um mês nas duas províncias vizinhas do Kivu Norte e Ituri, na fronteira com o Ruanda e o Uganda.
O estado de sítio foi ordenado no início de maio pelo Presidente congolês, Felix Tshisekedi, para combater os grupos armados.
Foram nomeados governadores, administradores e prefeitos militares e da polícia para substituir os civis nestas duas províncias.
A sociedade civil em Ituri denunciou 157 mortes durante o estado de sítio na província, "a violência sexual contra as mulheres" pelo Exército congolês e "a impunidade dos soldados que cometeram estes crimes".
As organizações civis consideraram que o estado de sítio "acalmou um pouco" a violência na região, que já matou centenas de civis desde dezembro de 2017.
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