Primeiro-ministro da RDCongo apela à rendição de grupos armados no leste

O primeiro-ministro da República Democrática do Congo (RDCongo) apelou hoje à "rendição" dos grupos armados que desestabilizam o leste do país, assinalando que muitos milicianos já o fizeram desde que foi estabelecido o estado de sítio.

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Lusa
07/06/2021 14:20 ‧ 07/06/2021 por Lusa

Mundo

RDCongo

 

"Gostaria de reiterar aqui o meu apelo à rendição de todos os nossos compatriotas que permanecem nestes grupos armados", disse Jean-Michel Sama Lukonde Kyenge, numa conferência de imprensa em Goma.

"Queremos pôr fim aos grupos armados que aterrorizam a população. Registámos a rendição de milicianos desde o estabelecimento do estado de sítio" em Ituri, em 06 de maio, afirmou Kyenge, acrescentando que o seu Governo vai aplicar uma política "para integrar aqueles que optaram por entregar as suas armas".

Anunciados regularmente durante anos, estes planos de DDR (desmobilização, desarmamento e reintegração) falharam no passado, principalmente devido à falta de fundos.

A Assembleia Nacional votou na quinta-feira a prorrogação do estado de sítio por um mês nas duas províncias vizinhas do Kivu Norte e Ituri, na fronteira com o Ruanda e o Uganda.

O estado de sítio foi ordenado no início de maio pelo Presidente congolês, Felix Tshisekedi, para combater os grupos armados.

Foram nomeados governadores, administradores e prefeitos militares e da polícia para substituir os civis nestas duas províncias.

A sociedade civil em Ituri denunciou 157 mortes durante o estado de sítio na província, "a violência sexual contra as mulheres" pelo Exército congolês e "a impunidade dos soldados que cometeram estes crimes".

As organizações civis consideraram que o estado de sítio "acalmou um pouco" a violência na região, que já matou centenas de civis desde dezembro de 2017.

Leia Também: Agência da ONU para refugiados pede proteção para civis na RDCongo

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