"Apelámos aos países de rendimento mais alto, e o G7 são sete países de rendimento elevado muito poderosos, para redistribuir mil milhões de doses de vacina até o início de setembro e outros mil milhões até o início do próximo ano. Isso é possível", afirmou, durante um evento organizado pelo Instituto de Real Relações Internacionais britânico Chatham House.
A co-presidente do Painel Independente para a Preparação e Resposta à Pandemia calcula que os países mais ricos encomendaram 4,3 mil milhões de doses para uma população total de 1,16 mil milhões de pessoas.
"Portanto, mesmo que tenham duas doses para 1,16 mil milhões [de pessoas], ainda têm dois mil milhões de doses para redistribuir", afirmou, adiantando que, até agora, foram redistribuídas menos de 250 milhões de vacinas através da plataforma Covax.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anfitrião da cimeira de líderes do G7, anunciou no sábado que vai apelar aos líderes do G7 para unirem esforços para ajudar a vacinar o mundo inteiro contra a covid-19 até ao final de 2022.
O Reino Unido assume este ano a presidência do G7, grupo de que fazem também parte os Estados Unidos, França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão, e União Europeia, tendo programado uma cimeira presencial de líderes para entre 11 e 13 de junho na Cornualha, sudoeste de Inglaterra.
Com 77% da população adulta vacinada com pelo menos uma dose, Inglaterra abriu hoje o programa aos maiores de 25 anos, e no País de Gales tenciona alargar aos maiores de 18 anos na próxima semana.
Porém, na África subsaariana o nível de pessoas que foram imunizadas fica-se pelos 2%.