"Claro, com o apoio da Hungria (...). São nossos vizinhos, na região dos Balcãs, e sabemos muito bem a importância para estes países de aderirem à União Europeia", afirmou o chefe da diplomacia húngara, em entrevista à Lusa à margem de uma visita de algumas horas à cidade da Praia, para entregar um donativo de 100 mil doses da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca às autoridades cabo-verdianas.
"Percebo que a presidência portuguesa decorreu num período de sérias, sérias, e desafiadoras, circunstâncias. Mas ainda espero que sejam bem-sucedidos este mês na conferência intergovernamental, entre a União Europeia e os países candidatos a membros", afirmou, questionado pela Lusa sobre o balanço da liderança de Portugal no bloco comunitário, que decorre no primeiro semestre deste ano.
Péter Szijjártó espera que a União Europeia, sob presidência de Portugal, feche o dossiê de adesão com a Sérvia e com Montenegro, acrescentando: "E esperamos que comecem as negociações com a Macedónia do Norte e a Albânia".
"Espero que a presidência portuguesa seja bem-sucedida nas restantes três semanas, abrindo novos capítulos na negociação com os países candidatos", exortou.
As negociações de adesão do Montenegro à União Europeia tiveram início em junho de 2012, quando o quadro de negociação foi apresentado na primeira reunião da Conferência de Adesão a nível ministerial.
Já as negociações de adesão da Sérvia arrancaram em 21 de janeiro de 2014, altura em que o quadro de negociação foi apresentado na primeira reunião da Conferência de Adesão a nível ministerial.
Na próxima Conferência Intergovernamental de Adesão a nível ministerial, Péter Szijjártó espera assim "passos concretos" da presidência portuguesa para a adesão estes quatro países.
Sobre a relação com Portugal, o ministro húngaro afirmou que tem vindo a "discutir todos os assuntos" com o homólogo português, Augusto Santos Silva.
"As relações bilaterais entre a Hungria e Portugal são perfeitas, não há assuntos em aberto. Pode haver um conflito no futuro, na próxima semana, quando jogarmos entre nós no Campeonato da Europa [de futebol 2020, 15 de junho, grupo F]. Mas esperamos resolver pacificamente", brincou Péter Szijjártó.
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