Timor começa na quinta-feira a administrar segunda dose da AstraZeneca
As autoridades de saúde timorenses começam na quinta-feira a administrar as segundas doses da vacina AstraZeneca aos primeiros vacinados em abril, com mais 100.800 doses, oferecidas no âmbito do programa Covax a chegarem hoje ao país.
© Lusa
Mundo Covid-19
As doses que chegaram hoje, somam-se às primeiras 24 mil oferecidas pelo mecanismo multilateral, e que permitiram arrancar com o plano de vacinação em 07 de abril, tendo o processo sido reforçado desde aí com o apoio de vacinas oferecidas pela Austrália.
No carregamento que chegou hoje a Díli estão 76.800 doses entregues por representantes da "Equipa Europa", nomeadamente da União Europeia, dos seus Estados-membros e do Banco Europeu de Investimento.
O programa Covax é uma iniciativa multilateral para a qual a "Equipa Europa" está a contribuir com mais de 2,2 mil milhões de euros para assegurar o fornecimento de 1,3 mil milhões de vacinas a 92 países de baixo e médio rendimento, incluindo Timor-Leste.
No carregamento de hoje chegaram ainda 24.000 doses oferecidas pela Nova Zelândia, também no contexto do mecanismo Covax e entregues oficialmente às autoridades de saúde pelo embaixador daquele país em Díli, Philip Hewitt.
Em comunicado enviado à Lusa, a delegação da União Europeia considera que "assegurar que todos tenham acesso a vacinas covid-19 seguras e eficazes é uma prioridade máxima da União Europeia, uma vez que na luta contra esta pandemia global ninguém está seguro até que todos estejam seguros".
Além do apoio através da Covax, a "Equipa Europa" canalizou para Timor-Leste apoios de mais de cinco milhões de euros desde março de 2020 para responder à pandemia da covid-19.
"Estou contente porque graças aos esforços conjuntos dos parceiros, temos hoje a segunda entrega de vacinas da Covax em Díli. Esta é uma grande demonstração da solidariedade global. A União Europeia orgulha-se de se juntar ao Governo de Timor-Leste, à OMS, à Unicef, e a muitos outros doadores para que isto aconteça", referiu Andrew Jacobs sobre a entrega de hoje.
"A Equipa Europa continuará a unir-se ao povo timorense na luta contra a covid-19, ajudando a garantir que a batalha é ganha", disse.
Entre outros, o embaixador de Portugal em Díli, José Pedro Machado Vieira, também esteve presente na cerimónia de entrega.
Além das vacinas disponibilizadas pelo mecanismo Covax e pela Austrália -- todas da AstraZeneca -- Timor-Leste recebeu também um carregamento de 100 mil doses da Sinovac, oferecidas pela China, e que deverão começar a ser administradas em meados desde mês.
O Governo timorense analisou hoje o ponto da situação da vacinação, com o primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, a apelar "ao aumento da média diária de vacinas administradas".
"O Governo apelou a toda a população para participar na campanha de imunização, fator que será determinante para que possamos voltar à normalidade", explicou.
Entre as novidades, o executivo decidiu que vai preparar a possível compra de vacinas para pessoas menores de 18 anos, prevendo ainda "a possível necessidade de aquisição de vacinas para reforço da imunidade para o ano de 2022".
Até terça-feira, um total de 93.525 pessoas em todo o país já tinham recebido a primeira dose da vacina contra a covid-19, o que representa 12% da população com mais de 18 anos, estimada em cerca de 780 mil pessoas.
Em Díli, a região do país mais afetada pela covid-19, já tomaram a primeira dose um total de 80.948, ou "40% da população com mais de 18 anos deste município", estimada em cerca de 203 mil pessoas.
"Entre 10 de maio e 5 de junho, em média, foram vacinadas três mil pessoas por dia", explicou o Governo.
O plano de vacinação prevê que a primeira dose continue a ser dada em Díli, usando tanto a AstraZeneca como a Sinovac, e que os primeiros vacinados em abril comecem este mês a receber a segunda dose.
Timor-Leste registou 18 mortes e um total de 7.941 casos da covid-19 desde o início da pandemia, com um total de 1.938 casos ativos atualmente, a maior parte em Díli.
A pandemia de provocou, pelo menos, 3.739.777 mortos no mundo, resultantes de mais de 173,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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