"Não penso que seja um exagero dizer que que a relação entre o Reino Unido e os Estados Unidos (...) é de importância estratégia para a prosperidade, segurança do mundo, para todas as coisas em que acreditamos juntos: a democracia, direitos humanos, estado de direito", afirmou em Carbis Bay, na Cornualha, sudoeste de Inglaterra.
Boris Johnson disse que discutiram uma "grande variedade de assuntos" e que Biden disse que quer trabalhar em conjunto em questões como a desde segurança e a NATO ou as alterações climáticas.
"É uma lufada de ar fresco a quantidade de coisas que quer fazer em conjunto", acrescentou, em declarações após o encontro.
Sobre as divergências entre Londres e Bruxelas a propósito da aplicação na Irlanda do Norte do acordo de saída do Reino Unido da União Europeia, Johnson garantiu que não foi pressionado a resolver os problemas e manifestou-se otimista numa solução.
"Estados Unidos, Reino Unido e também a União Europeia querem proteger o acordo [de paz] de Belfast/ Sexta-feira Santa e manter equilíbrio do processo de paz", afirmou.
Por seu lado, Biden disse que a reunião foi "muito produtiva" na discussão de uma série de temas de cooperação, reafirmando a "relação especial" entre os dois países.
Questões de política externa, como o Afeganistão, China, Irão e Rússia foram abordadas, bem como a discussão de um futuro acordo de comércio entre o Reino Unido e EUA, adiantou o Governo britânico num comunicado.
Os dois assinaram um documento com base nos compromissos e aspirações estabelecidos há 80 anos pelos antecessores Franklin D. Roosevelt e Winston Churchill na Carta do Atlântico e que resultou nas Nações Unidas e NATO.
O novo documento visa "aprofundar a cooperação em democracia e direitos humanos, defesa e segurança, ciência e inovação e prosperidade económica, com esforços conjuntos renovados para enfrentar os desafios colocados pelas alterações climáticas, perda de biodiversidade e ameaças emergentes à saúde".
Segundo Biden, a Carta foi revista para incluir "desafios chave deste século".
Além de uma troca de presentes, os dois líderes foram acompanhados durante alguns momentos pelas respetivas esposas, Jill Biden e Carrie Johnson, na praia junto ao hotel onde se vai realizar a Cimeira do G7.
A primeira-dama dos EUA apareceu vestiu-se com um casaco com a palavra "LOVE" bordado na parte superior das costas, o que justificou como simbolizando o "amor" que ela e o Presidente trouxeram da América.
A cimeira do G7 decorre entre sexta-feira e domingo, juntando presencialmente pela primeira vez em dois anos dirigentes dos países do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) e da União Europeia.
Sob a presidência rotativa do Reino Unido, para esta edição foram convidados o Secretário-geral da ONU, António Guterres, e os líderes da Austrália, África do Sul, Coréia do Sul e Índia, mas este último vai intervir por videoconferência.
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