O Superior Tribunal de Justiça das Ilhas Canárias converteu o despacho internacional de detenção de Tomás Gimeno, o homem que terá matado as duas filhas em Tenerife, por crime de rapto de crianças para crime agravado de homicídio.
A anulação do despacho anterior já foi comunicada ao Ministério Público.
A decisão surge depois de ter sido conhecido o relatório preliminar da autópsia ao corpo de Olivia, a mais velha das duas meninas, que morreu de endema pulmonar agudo.
Os resultados preliminares da autópsia não permitem ainda perceber o que terá causado o endema. Segundo o diretor do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses de Santa Cruz de Tenerife, Jesús Vega, a morte pode ter sido causada "por asfixia, afogamento, insuficiência cardíaca ou intoxicação".
O corpo da menina de seis anos foi encontrado com a ajuda do navio oceanográfico 'Ángeles Alvariño', que há vários dias procedia a buscas na zona onde foi identificado o sinal de telemóvel de Tomás Gimeno pela última vez.
De acordo com a agência EFE, há possibilidade de o pai ter matado as crianças ainda na sua propriedade, em Igueste de Candelaria, antes de as levar para o barco, num plano premeditado para fazer sofrer a ex-companheira e mãe das meninas.
O corpo da criança foi encontrado na quinta-feira, numa bolsa de lona que estava presa a uma âncora, que se acredita pertencer à embarcação do barco do pai. Nesta mesma âncora, estaria ainda outra bolsa, que se encontrava, contudo, vazia.
Anna, a outra criança, de 1 anos de idade, continua desaparecida, até ao momento. A polícia acredita, porém, que ambas terão sido mortas pelo pai.
De recordar que Anna e Olivia deveriam ter sido entregues de novo à mãe, no passado dia 27 de abril, mas o pai, Tomas Gimeno, nunca chegou a fazê-lo. Ao invés, fugiu com as filhas e, desde esse momento, é incerto o seu paradeiro.
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