"Eu acho que esta cimeira vai ser muito importante porque vai ser seguramente o reencontro entre a Europa e o seu velho aliado, Estados Unidos da América, e uma reafirmação clara do empenho de todos", afirmou António Costa.
O primeiro-ministro falava à entrada para a cimeira de líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês), que decorre hoje em Bruxelas, e aonde chegou acompanhado do ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, e do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
Sublinhando que o "reforço da dimensão transatlântica é absolutamente essencial", António Costa avançou que é "particularmente importante para Portugal", devido à sua posição geográfica que, através dos Açores, coloca o país na "fronteira do extremo ocidental europeu com os Estados Unidos da América".
Além disso, o chefe de Governo destacou também que o "estreitamento das relações entre a União Europeia (UE) e a NATO" era uma das prioridades que tinha sido definida pela presidência portuguesa do Conselho da UE, nomeadamente no que se refere ao desenvolvimento de parcerias em domínios além do militar.
"E é por isso com muita satisfação que ainda há duas semanas inaugurámos em Lisboa a Academia de Comunicações e Informação da NATO [a cerimónia de abertura decorreu em 26 de maio em Oeiras], que tem um papel central numa das novas dimensões da defesa, que é a luta pela cibersegurança e o combate às ciberameaças", frisou o primeiro-ministro.
Os chefes de Estado e de Governo da NATO reúnem-se hoje em Bruxelas para "reforçar o laço transatlântico", abordar os desafios criados por China e Rússia, e projetar o futuro da Aliança num mundo de "competição global", segundo as palavras do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.
Naquela que é a primeira cimeira a contar com a participação do novo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, os líderes da NATO irão também abordar o processo de reflexão NATO 2030, que visa projetar o futuro da Aliança e desembocar na revisão do seu conceito estratégico, que data de 2010.
À entrada para a cimeira, Stoltenberg sublinhou que é necessário manter a "forte ligação" entre a América do Norte e a Europa e destacou que a cimeira de hoje irá abrir um "novo capítulo nas relações transatlânticas".
"Tenho a certeza absoluta de que as decisões que iremos tomar hoje irão enviar uma mensagem forte de união, resolução, de que estamos a tornar a NATO mais forte nesta idade de competição global", frisou ainda Stoltenberg.
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