"Quero felicitar António Guterres pela sua recondução, hoje, como secretário-geral das Nações Unidas. Nestes tempos sem precedentes, a sua liderança e experiência serão vitais", lê-se na mensagem de felicitações publicada por Charles Michel na sua conta oficial na rede social Twitter.
"Terá a UE a seu lado para o multilateralismo, paz e direitos humanos. Vemo-nos na próxima semana no Conselho Europeu", despede-se Charles Michel, com uma alusão ao convite que dirigiu ao secretário-geral da ONU para participar na cimeira de chefes de Estado e de Governo da União, que se celebra em 24 e 25 de junho em Bruxelas.
No início do mês, o porta-voz de Charles Michel anunciou que o presidente do Conselho iria "convidar António Guterres para se juntar aos líderes da UE no próximo Conselho Europeu em 24 de junho", com o objetivo de "reforçar a cooperação entre a UE e a ONU para enfrentar desafios globais", numa cimeira que tem entre os pontos em agenda o multilateralismo, o clima, os direitos humanos, a paz, o desenvolvimento e a recuperação global pós-covid-19.
Hoje, a Comissão Europeia anunciou que convidou António Guterres para um almoço de trabalho com o colégio liderado por Ursula non der Leyen na quarta-feira, 23 de junho, véspera do Conselho Europeu e dia de reunião do colégio.
António Guterres tomou hoje posse para um segundo mandato como secretário-geral da Organização das Nações Unidas, declarando-se um "multilateralista devoto" e "português orgulhoso", e voltou a pedir distribuição de vacinas contra a covid-19 como "prioridade mundial absoluta".
António Guterres, que prestou juramento pela segunda vez em cinco anos à frente de uma organização com 193 Estados-membros, em Nova Iorque, admitiu que existem "tarefas colossais" a que o mundo deve responder unido, com destaque para a prevenção de conflitos e preparação da segurança social em caso de futuras pandemias.
Expressando gratidão a Portugal pela renomeação, o secretário-geral declarou-se um "multilateralista devoto, mas também português orgulhoso", num discurso que proferiu em três línguas -- inglês, francês e espanhol -- na Assembleia-Geral da ONU.
"Tudo o que aprendi e me tornei" foi resultado do trabalho "em conjunto" com o povo português, disse o antigo primeiro-ministro, agradecendo ainda a presença do Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, que esteve na assistência para este momento solene.
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