Numa intervenção na Câmara dos Comuns, Javid disse "não ver razão para ir além de 19 de julho porque, na verdade, nenhuma data que possa ser escolhida implica risco zero em termos de covid-19".
"Sabemos que não podemos simplesmente eliminá-la, temos que aprender a conviver com ela. Também sabemos que as pessoas e as empresas precisam de certezas, por isso queremos que todas as etapas sejam irreversíveis", argumentou.
Na sua opinião, "as restrições à liberdade devem acabar".
Esta foi a primeira intervenção pública de Sajid Javid, nomeado no sábado, após a demissão de Matt Hancock na sequência de uma notícia que mostrou imagens comprometedoras com uma assessora com quem tinha um caso extraconjugal.
Datadas de início de maio, as imagens mostravam os dois a beijar-se, o que Hancock reconheceu ser uma violação das regras de distanciamento social na altura, que proibiam abraços entre pessoas de agregados familiares diferentes.
O crescente número de novas de infeções pelo coronavírus Sars-Cov-2, dos quais mais de 90% pela variante Delta, levou o Governo a adiar por quatro semanas a quarta etapa do desconfinamento, inicialmente prevista para 21 de junho.
Mas o novo ministro disse que há sinais de que a vacinação está a reduzir a mortalidade e risco de hospitalização.
Nas últimas 24 horas, o Reino Unido registou 22.868 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, um máximo desde o fim de janeiro, mas apenas três mortes.
Os dados mais recentes disponíveis mostram que estão hospitalizados 1.505 infetados, dos quais 257 em cuidados intensivos, contra mais de 30 mil internados em janeiro.
Uma análise da agência Public Health England (PHE) e da Universidade de Cambridge sugere que o programa de vacinação evitou até hoje cerca de 7,2 milhões de infeções e 27.000 mortes apenas na Inglaterra.
Desde o início da pandemia, foram notificados 128.103 óbitos de covid-19 num total de 4.755.078 infeções confirmadas no Reino Unido.
Desde dezembro foram inoculadas 44.454.511 pessoas, o que corresponde a 84,4% da população adulta, e 32.583.746 milhões de pessoas, ou seja, 61,9% da população adulta, já receberam também a segunda dose.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.925.816 de vítimas em todo o mundo, resultantes de 181.026.547 casos de infeção diagnosticados oficialmente, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.086 pessoas e foram confirmados 875.449 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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