"Não é de todo uma má ideia e se houver espaço para mim lá, talvez", disse, na segunda-feira, Rodrigo Duterte, de 76 anos, sobre as perspetivas de se candidatar à vice-presidência.
Os chefes de Estado filipinos estão impedidos pela constituição de 1987 de concorrer à reeleição após um mandato único de seis anos.
Pelo menos dois ex-presidentes, Joseph Estrada e Gloria Macapagal Arroyo, candidataram-se com êxito a cargos públicos depois de terem chefiado o Estado.
Ao abrigo da lei filipinas, o vice-Presidente, que pode ser chamado à presidência caso o Presidente morra ou fique incapacitado, é eleito separadamente do chefe de Estado.
Os líderes do partido PDP-Laban de Duterte vão reunir-se entre 16 e 17 de julho para nomear os candidatos à presidência, vice-presidência e às eleições gerais de 09 de maio de 2022. As candidaturas devem ser apresentadas até 08 de outubro.
Numa reunião preliminar no final do mês passado, o partido apoiou uma possível candidatura de Duterte a vice-presidente no próximo ano. Inicialmente, o chefe de Estado filipino indicou que pretendia reformar-se, depois do fim do mandato presidencial e estava "a resistir" ao apelo, embora sem o rejeitar categoricamente.
Uma nova coligação de oposição, 1Sambayan, criticou a perspetiva de uma candidatura à vice-Presidência de Duterte.
"A alegada candidatura a vice-Presidente do Presidente não só ridiculariza a Constituição, como também é uma piada da pior espécie. É risível", disse o líder da coligação, Howard Calleja, depois do partido no poder ter anunciado apoiar uma candidatura à vice-presidência de Duterte.
Duterte ganhou notoriedade pela sangrenta campanha antidroga, que resultou na morte de milhares de suspeitos, e uma retórica vulgar, mas os índices de popularidade têm permanecido elevados.
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