A abertura do evento caberá ao ministro de Estado e das Finanças, João Leão, pelas 14h00, já depois da chegada dos vários convidados para dois painéis, que abordarão como "Reformar a economia europeia pós-covid" e como "Repensar o modelo de governação económica da UE [União Europeia]".
A moderação do primeiro painel caberá a João Leão, e contará com o economista Olivier Blanchard como orador convidado, a quem se juntarão, por vídeoconferência, o ministro das Finanças da Eslovénia (país que sucede a Portugal na presidência da UE), Andrej Sircelj, e presencialmente o ministro da Economia, das Finanças e da Recuperação de França, Bruno Le Maire, a vice-Presidente e ministra da Economia e da Digitalização de Espanha, Nadia Calviño.
No mesmo painel marcarão ainda presença o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, e ainda Irene Tinagli, presidente da Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu, estando previstas declarações à imprensa no final da primeira sessão.
Na segunda sessão, o orador convidado é Paul de Grauwe, economista da London School of Economics e vice-presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP) português, numa conversa moderada por Sharmin Sazedj, economista-chefe do Ministro de Estado e das Finanças.
O painel integrará a eurodeputada portuguesa Margarida Marques (PS), que é relatora da revisão do quadro legislativo macroeconómico, o economista Richard Baldwin, fundador e editor-Chefe da VoxEU.org, o professor de economia Guido Lorenzoni, o antigo vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) e governador do Banco de Portugal (BdP) Vítor Constâncio, e ainda Zsolt Darvas, do 'think-tank' Bruegel.
O encerramento estará a cargo do secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, pelas 17:45.
"Com a recuperação em andamento, e após uma crise sem precedentes e com consequências devastadoras para a nossa economia, chegou o momento de refletir sobre o legado desta crise e o futuro da economia europeia", sublinhou João Leão, numa nota enviada à Lusa na quinta-feira.
Para o ministro das Finanças português, "a Cimeira da Recuperação é uma oportunidade para lançar questões fundamentais relacionadas com o crescimento potencial da Europa e a necessidade de promover investimentos que garantam à União Europeia a liderança nas transições climática e digital".
"Com as regras orçamentais suspensas até 2023, queremos aproveitar o momento para iniciar a reflexão sobre o quadro de supervisão orçamental europeu e a necessidade de adaptação das regras à nova realidade pós-covid", sustentou o ministro.
Em maio, o ministro de Estado e das Finanças anunciou que Portugal iria receber, no final de junho, uma cimeira "de alto nível" sobre os planos de recuperação económica.
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