Christos Pappas estava em fuga desde que foi condenado, juntamente com 40 membros do partido neonazi Aurora Dourada, em outubro, numa maratona na justiça que durou cinco anos e meio em Atenas.
Os membros do partido neonazi foram condenados por organização criminosa, assassinato e posse ilegal de armas, noticia a agência AFP.
Segundo revelou a policia grega, citada pela agência AP, Pappas foi detido num apartamento que estava registado com outro nome.
Pappas, de 58 anos, foi condenado em outubro de 2020 a 13 anos de prisão após um julgamento histórico no Tribunal Criminal de Atenas, no qual outros membros do partido foram também condenados por pertencerem a uma "organização criminosa".
Grande admirador de Mussolini e colecionador de peças da era fascista italiana, Pappas, cujo pai teve participação ativa no golpe militar de 1967, foi o braço do líder da formação neonazista, Nikos Michaloliakos, também condenado a prisão.
O político já havia fugido pela primeira vez, em 2013, quando os líderes do Aurora Dourada foram presos após o assassínio do 'rapper' e ativista antifascismo Pavlos Fyssas.
Negacionista e admirador do nacional-socialismo, o líder do partido, Nikos Michaloliakos, de 62 anos, foi considerado culpado de liderar uma "organização criminosa" a 07 de outubro de 2020 e condenado a 13 anos e meio de prisão efetiva, sentença descrita como "histórico" por quase toda a classe política grega.
Os seis outros ex-altos dirigentes e membros da Aurora Dourada, incluindo o eurodeputado Ioannis Lagos, que goza de imunidade parlamentar até ser levantada pelo Parlamento Europeu, foram condenados a mais de 10 anos de prisão efetiva.
O Aurora Dourada foi fundado como um grupo neonazi na década de 1980 e passou décadas como um partido marginal na cena política grega.
Entretanto, ganhou destaque durante a crise financeira do país de 2010-2018, ganhando assentos no parlamento em quatro eleições separadas e tornando-se o terceiro maior partido político da Grécia.
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