Fontes entrevistadas pela Agence France-Presse (AFP), na sexta-feira, relataram um número inicial de quatro mortos e oito feridos.
"Na noite de 02 de julho, um bombista suicida, usando um cinto de explosivos, detonou o dispositivo perto do hotel Juba, matando, pelo menos, dez pessoas e ferindo dezenas", informou o Ministério da Informação, da Cultura e do Turismo, num comunicado divulgado hoje de manhã.
Segundo a mesma nota, "o ataque ocorreu na hora de maior afluência, enquanto as pessoas tomavam chá", acrescenta, responsabilizando por este "novo ataque criminoso" o grupo extremista islâmico Al-Shabab
O Al-Shabab, um grupo 'jihadista' associado da Al-Qaeda, reivindicou o ataque num comunicado na noite de sexta-feira, alegando ter matado 15 elementos dos serviços de informações do governo, da polícia e militares e de ter ferido outros 22.
Segundo a AFP, o ataque ocorreu por volta das 17:30, horário local (14:30 GMT), num salão de chá localizado a poucas centenas de metros da sede da Agência Nacional de Informações e Segurança (NISA) da Somália.
O estabelecimento "estava lotado quando a explosão ocorreu", disse Abdikarim Ali, uma testemunha.
Segundo algumas fontes, este local é frequentado por civis, mas também por membros das forças de segurança somalis.
O Al-Shabab realiza regularmente ataques contra alvos do governo e civis em Mogadíscio, desde que em 2011 perderam o controlo da capital e foram expulsos pelas tropas da missão internacional da União Africana (Amisom) na Somália, controlando ainda áreas rurais significativas no país.
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