Chefes das diplomacias europeias debatem aprovação de formação militar

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) deverão aprovar hoje uma missão de formação militar em Moçambique, numa reunião onde também irão trocar pontos de vista com o homólogo israelita, Yair Lapid.

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Lusa
12/07/2021 06:44 ‧ 12/07/2021 por Lusa

Mundo

Moçambique

 

Após, em 30 de junho, os representantes permanentes dos Estados-membros junto da UE terem endossado o conceito de gestão de crise da futura missão de formação militar em Moçambique, os chefes das diplomacias europeias deverão dar agora a aprovação final à missão em questão, intitulada EUTM Moçambique.

Além da aprovação da missão de formação militar em Moçambique, os chefes das diplomacias da UE irão também ter um almoço de trabalho com o recém-empossado ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Yair Lapid, que se desloca hoje a Bruxelas.

O encontro servirá para inaugurar as relações bilaterais com o novo Governo israelita -- que tomou posse em junho -- e perceber quais são as suas intenções no que se refere ao processo de paz no Médio Oriente e a questões de "mútuo interesse", como a situação síria, iraniana e libanesa.

Entre os principais pontos na agenda, os ministros dos Negócios Estrangeiros irão abordar a situação na região de Tigray, na Etiópia, mas também a Bússola Estratégica da UE e a "geopolítica das novas tecnologias digitais".

Haverá ainda tempo para o debate sobre questões de assuntos corrente, entre as quais a retirada das tropas da NATO do Afeganistão e as negociações entre o Governo local e os Talibã, mas também a situação no Líbano e no Sul do Cáucaso.

A reunião, onde Portugal será representado pelo ministro de Estado e Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, arranca às 09:30 de Bruxelas (08:30 de Lisboa) e deve terminar por volta das 17:00 (16:00 de Lisboa).

Grupos armados aterrorizam Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico, numa onda de violência que já provocou mais de 2.800 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e 732.000 deslocados, de acordo com a ONU.

Leia Também: Detidos suspeitos de ligações a grupo acusado de planear ataques

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