"O presidente sublinhou ao primeiro-ministro a importância de impedir o comprometimento dos esforços das novas autoridades libanesas para restaurar a autoridade do Estado em todo o território do seu país", disse a presidência francesa, em comunicado.
Um ataque matou hoje 15 pessoas no sul do Líbano, depois de o Exército israelita ter aberto fogo, segundo as autoridades libanesas.
De acordo com relatos de 'media' ocidentais, caravanas de dezenas de carros, agitando bandeiras amarelas do Hezbollah libanês, convergiram para aldeias devastadas pela guerra, algumas das quais ainda estão ocupadas pelo Exército israelita.
O acordo que colocou fim a dois meses de guerra aberta entre Israel e o movimento xiita Hezbollah, de 27 de novembro, estabelece que o Exército israelita devia ter concluído hoje a sua retirada.
Contudo, na sexta-feira, Israel denunciou que o Líbano não tinha respeitado totalmente os seus compromissos e anunciou que a retirada das suas forças continuaria para além do prazo previsto.
"A França tomará todas as medidas necessárias, dentro do mecanismo de supervisão do cessar-fogo, em conjunto com os Estados Unidos e o Líbano, para que este último recupere a sua plena soberania e para que a segurança de Israel esteja garantida", terá dito Macron a Netanyahu, durante a conversa telefónica de hoje, segundo a presidência francesa.
De acordo com o comunicado, os dois líderes discutiram também a situação em Gaza, sobre a qual Macron deixou a mensagem de que "a França apoiará as autoridades israelitas para acelerar a libertação de todos os reféns", incluindo dois cidadãos israelo-franceses, Ofer Kalderon e Ohad Yahalomi.
Estes dois reféns palestinianos do Hamas, que têm nacionalidade israelita e francesa, fazem parte da lista dos primeiros 33 prisioneiros a serem libertados pelo Hamas.
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