Pelo menos 45 mortos em violência política e pilhagens na África do Sul

Pelo menos 45 pessoas morreram em ações de violência e pilhagem que afetam pelo sexto dia consecutivo as províncias de Gauteng e KwaZulu-Natal, anunciaram as autoridades sul-africanas.

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© Siphiwe Sibeko/Reuters

Lusa
13/07/2021 16:29 ‧ 13/07/2021 por Lusa

Mundo

África do Sul

 

Em Gauteng, há a registar pelo menos 19 mortos em resultado dos distúrbios que continuam na província, apesar da presença de reforços militares no terreno para ajudar a Polícia, divulgou o governador provincial, David Makhura.

O governante do Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês) precisou que 10 pessoas morreram na manhã de hoje durante ações de pilhagem por uma multidão a um centro de comercial em Meadowlands, Soweto, oeste de Joanesburgo.

"As pessoas que perderam a vida são membros da família que estavam lá e alguns deles participaram nos saques", adiantou David Makhura em declarações à televisão sul-africana SABC.

"Temos um oficial da Polícia Metropolitana de Ekurhuleni [município no leste de Joanesburgo] que levou um tiro", explicou.

Anteriormente, o governador da província do KwaZulu-Natal, Sihle Zikala, disse que as autoridades locais contabilizaram até ao momento 26 mortos em resultado da violência e pilhagens naquela região do litoral do país, vizinha a Moçambique.

O ministro da Polícia, Bheki Cele, salientou que as forças de segurança "estão a monitorizar a situação no terreno", salientando que "farão com que a situação não se agrave".

"Mais de 750 pessoas foram presas", referiu Bheki Cele.

Vários centros comerciais continuam a ser saqueados em Gauteng e KwaZulu-Natal, segundo a imprensa.

A Câmara de Comércio de Joanesburgo instou hoje as autoridades sul-africanas a restaurar a ordem pública no país.

"O momento já é difícil nos negócios e no país. Os postos de trabalho estão em risco e a continuidade da violência só levará ao encerramento de mais empresas e ao aumento do desemprego", declarou o presidente da organização Shawn Theunissen.

Leia Também: África do Sul. Portugueses devem "agir com a maior precaução possível"

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